Cultura popular | 12 de agosto de 1928, no bairro do Estácio, no Rio de Janeiro, é fundada a Deixa Falar, primeira escola de samba
12 ago 2020
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e marcado com as tags Bairro do Estácio, Biblioteca Nacional, Carnaval, Deixa Falar, Escolas de Samba
No bairro do Estácio, próximo ao centro do Rio de Janeiro e do atual Sambódromo, sambistas reunidos, cerca de uma escola de curso normal de professores, iniciaram a curta e significativa trajetória da Deixa Falar. Sambistas renomados como Ismael Silva, Alcebíades Barcelos, o Bide, Marçal consideravam-se professores do samba, em analogia à escola de formação de professores surgiu a ideia de “escola de samba”. Ismael Silva é considerado por muitos, o fundador do que hoje conhecemos como escola de samba, porém, esta noção de escola de samba e de seu fundador é uma das linhas de origem do termo na história do samba.
A Deixa Falar trouxe inovações à época, em especial, de instrumentos musicais. O surdo criado por Bide e a cuíca por João Mina, a cadência do samba adquiria nova forma. Entre os fundadores da Deixa Falar haviam duas vertentes para os rumos da escola, uma de caminhar como um rancho e a outra como um bloco. O rancho carnavalesco era uma agremiação típica do Rio de Janeiro, que não se deteve apenas na cidade, a partir do final do século XIX. O desfile era como um cortejo, com mestre sala, porta bandeira, instrumentos como corda e sopro.
Nos anos de 1929 e 1930 a Deixa Falar desfilou como bloco carnavalesco e participou do primeiro concurso de samba, realizado na quadra da atual, Arranco de Engenho de Dentro. Neste concurso, a Deixa Falar competiu junto com o Bloco carnavalesco Estação Primeira e o Conjunto Oswaldo Cruz, porém, foi desclassificada, por se apresentar com sopro. Em 1931, no concurso organizado pelo Jornal do Brasil, a Deixa Falar desfilou como rancho e teve uma experiência considerada positiva pelos críticos.
Já em 1932 ocorreu o primeiro desfile das escola de samba, organizado pelo jornal Mundo Sportivo, a Deixa Falar não participou. A escola inscreveu-se no desfile dos ranchos e não obteve um resultado bom, foi desclassificada. A partir do último desfile brigas internas entre os componentes levaram ao fim da escola. Alguns componentes juntaram-se ao bloco União das Cores, fundando a União de Estácio de Sá, escola em plena atividade e reconhecida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, IPHAN, como a primeira escola de samba do Brasil. A Deixa Falar, embora, nunca tenha desfilado como escola de samba é um marco fundador do que se aprimorou e cresceu no passar das décadas no carnaval fluminense e brasileiro.
A imagem em destaque, para ilustrar o tema é custodiada pela Seção de Iconografia, [Carnaval na Praça XI], com data provável de 1937. Acesse:
http://objdigital.bn.br/objdigital2/acervo_digital/div_iconografia/icon1411485/icon1411485.jpg
(Seção de Iconografia)
A Deixa Falar trouxe inovações à época, em especial, de instrumentos musicais. O surdo criado por Bide e a cuíca por João Mina, a cadência do samba adquiria nova forma. Entre os fundadores da Deixa Falar haviam duas vertentes para os rumos da escola, uma de caminhar como um rancho e a outra como um bloco. O rancho carnavalesco era uma agremiação típica do Rio de Janeiro, que não se deteve apenas na cidade, a partir do final do século XIX. O desfile era como um cortejo, com mestre sala, porta bandeira, instrumentos como corda e sopro.
Nos anos de 1929 e 1930 a Deixa Falar desfilou como bloco carnavalesco e participou do primeiro concurso de samba, realizado na quadra da atual, Arranco de Engenho de Dentro. Neste concurso, a Deixa Falar competiu junto com o Bloco carnavalesco Estação Primeira e o Conjunto Oswaldo Cruz, porém, foi desclassificada, por se apresentar com sopro. Em 1931, no concurso organizado pelo Jornal do Brasil, a Deixa Falar desfilou como rancho e teve uma experiência considerada positiva pelos críticos.
Já em 1932 ocorreu o primeiro desfile das escola de samba, organizado pelo jornal Mundo Sportivo, a Deixa Falar não participou. A escola inscreveu-se no desfile dos ranchos e não obteve um resultado bom, foi desclassificada. A partir do último desfile brigas internas entre os componentes levaram ao fim da escola. Alguns componentes juntaram-se ao bloco União das Cores, fundando a União de Estácio de Sá, escola em plena atividade e reconhecida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, IPHAN, como a primeira escola de samba do Brasil. A Deixa Falar, embora, nunca tenha desfilado como escola de samba é um marco fundador do que se aprimorou e cresceu no passar das décadas no carnaval fluminense e brasileiro.
A imagem em destaque, para ilustrar o tema é custodiada pela Seção de Iconografia, [Carnaval na Praça XI], com data provável de 1937. Acesse:
http://objdigital.bn.br/objdigital2/acervo_digital/div_iconografia/icon1411485/icon1411485.jpg
(Seção de Iconografia)