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Em 12 de outubro é comemorada a festa litúrgica de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, quando milhares de romeiros e devotos se deslocam para o Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, localizado no município de Aparecida, no interior do estado de São Paulo. O local da basílica está intrinsicamente ligado à história da região e ao aparecimento da imagem, em 1717.

De acordo com os relatos, Guaratinguetá receberia a visita de Pedro Miguel de Almeida Portugal e Vasconcelos, conde de Assumar e governador da capitania de São Paulo e Minas de Ouro, e desejavam agraciá-lo com um banquete. Pescadores se dirigiram ao rio Paraíba do Sul, em suas embarcações iniciaram a pesca, sem sucesso. Após horas sem nada pescarem, já nas proximidades do Porto Iguaçu, rezaram pedindo auxílio à Virgem Maria e lançaram, uma vez mais, a rede e ao puxá-la, encontraram o corpo de uma imagem, que acreditaram ser da Virgem Maria. Ao remessarem a rede outra vez, resgataram a cabeça da imagem. Logo depois, as redes transbordaram de peixes. Esta se tornou primeira manifestação agraciada por Nossa Senhora, que seria seguida por outras.

Foram muitas as graças atribuídas a Nossa Senhora Aparecida, como o do escravo Zacarias, que em 1850, ao rezar piedosamente aos pés da imagem, teve as correntes que o prendiam, arrebentadas, livrando-o. Outra intercessão foi a cura de uma menina cega de nascença, de uma família muito devota, depois de uma difícil viagem, chegando próxima à igreja, exclama de surpresa por sua beleza, revelando mais um milagre.

A imagem permaneceu durante alguns anos na casa de Felipe Pedroso, um dos pescadores que a encontram. Em seguida, construíram um oratório no Porto de Itaguaçu. Em torno de 1734, foi erguida uma capela, no alto do morro dos Coqueiros, que logo se tornou um local de peregrinação não só de pescadores, mas de fiéis devotos de diferentes regiões e origens. Como de D. Pedro I, em abril de 1822 e sua neta, a princesa Isabel, em dezembro de 1868 e em novembro de 1888, quando doou uma coroa de ouro, diamantes e rubis, mais um manto lindamente ornamentado, em agradecimento de graça concedida à promessa feita vinte anos antes.

Crescia o número de fiéis que se dirigiam à capela para rezarem aos pés de Nossa Senhora, o que tornou imprescindível a construção de uma igreja maior, que foi concluída mais de 50 anos depois, em 8 de dezembro de 1888, que hoje é a Basílica Velha.

Com a chegada dos Missionários Redentoristas em 1894, com o intuito de auxiliar os romeiros que se dirigiam à Basílica, um novo direcionamento à assistência prestada surgiu.

Dez anos depois, em 08 de setembro de 1904, a imagem foi coroada com os ornamentos oferecidos pela princesa Isabel, com a presença de D. José Camargo Barros, núncio apostólico, do presidente Rodrigo Alves e grande número de devotos.

A fé e a devoção cresciam, quando em 16 de julho de 1930, por decreto do papa Pio XI, Nossa Senhora da Conceição Aparecida foi aclamada Padroeira e Rainha do Brasil e pela Lei nº 6 802, de 30 de junho de 1980, decretado o dia 12 de outubro como dedicado à sua devoção, sendo oficialmente feriado nacional.

Em diferentes, mas relevantes momentos, foram oferecidas “Rosas de Ouro” ao Santuário, como em 1967 pelo Papa Paulo VI, em comemoração aos 250 anos de devoção; em 2007, pelo Papa Bento XVI e em 2017, pelos 300 anos da aparição, pelo Papa Francisco.

Hoje a imagem está em destaque no Santuário, a Basílica Nova, que foi consagrada pelo Papa João Paulo II, em julho de 1980. Uma das maiores manifestações de devoção e o maior santuário mariano do mundo.

Acervo sobre o tema:

Movimento: Cena Brasileira: Subúrbio Carioca (RJ)

O Estado de São Paulo: Cultura (SP)

http://memoria.bn.br/DocReader/098116/1372

http://memoria.bn.br/DocReader/098116/2031

Correio Braziliense (DF)

http://memoria.bn.br/DocReader/028274_03/6795

http://memoria.bn.br/DocReader/028274_03/6901

http://memoria.bn.br/DocReader/028274_03/7137

http://memoria.bn.br/DocReader/028274_03/7160

http://memoria.bn.br/DocReader/028274_03/7227

http://memoria.bn.br/DocReader/028274_03/7252

http://memoria.bn.br/DocReader/028274_03/10973

Jornal do Brasil (RJ)

http://memoria.bn.br/DocReader/030015_10/725

http://memoria.bn.br/DocReader/030015_10/2031

http://memoria.bn.br/DocReader/030015_10/4329

http://memoria.bn.br/DocReader/030015_10/6866

http://memoria.bn.br/DocReader/030015_10/9074

http://memoria.bn.br/DocReader/030015_10/9158

http://memoria.bn.br/DocReader/030015_10/9402

http://memoria.bn.br/DocReader/030015_10/9605

http://memoria.bn.br/DocReader/030015_13/13410

O Fluminense (RJ)

http://memoria.bn.br/DocReader/100439_12/4717

http://memoria.bn.br/DocReader/100439_12/4798

http://memoria.bn.br/DocReader/100439_12/4818

http://memoria.bn.br/DocReader/100439_12/4845

http://memoria.bn.br/DocReader/100439_12/4866

http://memoria.bn.br/DocReader/100439_12/5715

Jornal O Município (SC)

http://memoria.bn.br/DocReader/891720/91241

http://memoria.bn.br/DocReader/891720/88388

http://memoria.bn.br/DocReader/891720/88711

http://memoria.bn.br/DocReader/891720/89052

http://memoria.bn.br/DocReader/891720/89093

http://memoria.bn.br/DocReader/891720/91204

http://memoria.bn.br/DocReader/891720/91205

http://memoria.bn.br/DocReader/891720/91207

http://memoria.bn.br/DocReader/891720/91208

http://memoria.bn.br/DocReader/891720/91209

http://memoria.bn.br/DocReader/891720/91210

http://memoria.bn.br/DocReader/891720/91211

Jornal do Brasil (RJ)