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18 de maio: Dia Internacional dos Museus

18 maio 2020

Artigo arquivado em Datas comemorativas

Desde 1997, o Conselho Internacional de Museus (ICOM) organiza o Dia Internacional dos Museus, com o objetivo conscientizar sobre esse importante meio de interação cultural, preservação da memória e de produção de conhecimento. Estatuto de Museus, de 2019 estabelece que “Consideram-se museus, para os efeitos desta Lei, as instituições sem fins lucrativos que conservam, investigam, comunicam, interpretam e expõem, para fins de preservação, estudo, pesquisa, educação, contemplação e turismo, conjuntos e coleções de valor histórico, artístico, científico, técnico ou de qualquer outra natureza cultural, abertas ao público, a serviço da sociedade e de seu desenvolvimento”.

O termo museu tem origem grega e significa “templo das musas” (na mitologia grega, musas eram as entidades com a capacidade de inspirar a criação artística ou científica). O museu mais antigo conhecido é o de Ennigaldi-Nanna, do Império Neobabilônico no século VI a. C.. O Ashmolean Museum – de 1683, em Oxford, Inglaterra – é considerado o primeiro museu público do mundo.

O Brasil possui mais de três mil museus, segundo dados do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM). Entre eles destacamos o Museu Nacional – o mais antigo do Brasil. Fundado em 1818, no Rio de Janeiro, foi criado com a missão de ampliar o conhecimento das ciências naturais no país. Foi a primeira instituição Científica do Brasil e está vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro. Originalmente não possuía acervo, tendo sido inaugurado com objetos da coleção particular de D. João VI. Em 2018, quando foi atingido por um incêndio que destruiu sua sede na Quinta da Boa Vista, perdeu grande parte de seu acervo composto por mais de vinte milhões de itens. O Museu Histórico Nacional, de 1922 e também no Rio de Janeiro, já foi considerado pelos curadores do Louvre como um dos mais didáticos do mundo. Conta com um rico acervo, vasta reserva técnica, bibliotecas especializadas e um importante arquivo histórico. Dedicado à história nacional, é elemento fundamental para o desenvolvimento da cultura e educação.

A Biblioteca Nacional – ainda que não seja um museu – guarda em sua história estreitas relações com o universo museal. Seguindo o exemplo da França, onde sua biblioteca surgiu dentro do museu do Louvre, a Biblioteca Nacional já possuiu peças museológicas. Detentora de um rico acervo histórico, com obras raras e de grande de relevância cultural, cumpre também o papel de adquirir, conservar, investigar e difundir os testemunhos materiais da sociedade.

No século XIX, o diretor Ramiz Galvão considerava moedas e medalhas como fontes importantes para o estudo da história. Assim, incorporou ao acervo uma grande coleção numismática que estava sob a guarda do Museu Nacional e a expôs com destaque na Exposição de História do Brasil, organizada por ele mesmo, em 1881. Durante o período em que esteve guardada na Biblioteca Nacional essa coleção foi ampliada com novas remessas oriundas do Museu Nacional e com exemplares provenientes da Casa da Moeda e de particulares. Constituíram um acervo coeso e relevante, doado ao Museu Histórico Nacional na década de 1920, por ocasião da reforma no estatuto da Biblioteca Nacional, que extinguiu a seção de numismática e criou a de Publicações Periódicas. Merece destaque também um conjunto de preciosidades que integram o “Catálogo Permanente dos Cimélios da Biblioteca Nacional”, com gravuras litografias, moedas, insígnias e etc. Além disso, a Biblioteca, ao longo de sua história, organizou importantes exposições, com destaque para a “Exposição de História do Brazil”, de 1881, além das mostras atuais, que ocupam as salas e corredores de visitação, bem como o espaço cultural.

Este ano, o tema do Dia Internacional dos Museus é “Museus para a igualdade: diversidade e inclusão”.  Visa trabalhar as múltiplas perspectivas que compõem as comunidades e os funcionários dos museus, a importância museológica e seu papel mediador entre patrimônio cultural e pessoas e a promoção de ferramentas para identificar e superar preconceitos através de seu acervo.



Acesse o “Ofício ao diretor da Biblioteca Nacional, Raul d'Ávila Pompéia, remetendo a Coleção de Numismática que se achava no Museu e que pertencem ao ex-imperador, conforme mandou o Ministro da Justiça e Negócios Interiores por ofício n. 1744 de 22/11/1894”.

Acesse também a “exposições de moeadas e medalhas” na Seção de Numismática da Biblioteca Nacional.