BNDigital

A Nação

30 jul 2014

Artigo arquivado em Hemeroteca

Houve vários jornais no Rio de Janeiro com o título A Nação. O primeiro deles, a julgar pelas informações contidas na História da imprensa, de Nélson Werneck Sodré, foi fundado por Antônio Ferreira Viana e Andrade Figueira e tinha tendências republicanas.

Este A Nação, que começou a circular em 3 de julho de 1872, veio a substituir um certo Jornal da Tarde, que havia sido fundado dois anos antes por Angelo Thomaz do Amaral e Eduardo Augusto de Oliveira. O proprietário era João Juvêncio Ferreira de Aguiar, que inicialmente apresentou sua publicação como um “jornal politico, commercial e litterario”, logo depois, em 29 de novembro de 1872, como “folha politica, commercial e litteraria”, a partir de 3 de julho de1873, como “jornal politico e commercial” e, a partir de 15 de novembro de 1875, como “jornal politico, commercial e litterario”.

Circulava diariamente, exceto aos domingos. Foi lançado com quatro páginas divididas em seções de temas e títulos variados, como “A Nação”, “Folhetim da Nação”, “Gazetilha”, “Exterior”, “Rio de janeiro”, “Publicações a Pedidos” (cobrava-se do interessado em publicar algo 120 réis a linha), “Declarações”, “Commercio”, “Avisos Marítimos” e “Anúncios” (80 réis a linha). Outras seções foram criadas com o passar do tempo, como, por exemplo, a “Echo dos Jornaes” (a partir do número 176, de 1873), que apresentava um resumo das notícias publicadas em outros periódicos.

A assinatura de A Nação podia ser anual (12$000 para a Corte, 16$000 para outras províncias), semestral (6$000 e 8$000, respectivamente) ou trimestral (3$000 e 4$000). O exemplar avulso custava 40 réis. O segundo número traz o aviso de que o jornal não seria vendido pelas ruas, mas em agências localizadas em diversos pontos da cidade.

Impresso em formato standard na Typografia Americana, situada na rua do Ouvidor nº 19, tinha como redatores, entre outros, o político João Juvêncio de Aguiar, o escritor Cirilo Eloi Pessoa de Barros, o ministro José Maria da Silva Paranhos, visconde do Rio Branco, e o político abolicionista Francisco Leopoldino de Gusmão Lobo.

A Biblioteca Nacional dispõe de 153 edições de A Nação referentes a 1872, 277 de 1873, 286 de 1874, 282 de 1875 e 77 edições de 1876 – todas disponíveis na Hemeroteca Digital Brasileira.