200 Anos da Independência | 1763 - transferência da capital do Vice-Reino do Brasil para o Rio de Janeiro
31 ago 2020
Artigo arquivado em 200 anos da Independência
e marcado com as tags 1763, Bicentenario da Independencia, Capitalidade, Reino Português, Rio Capital Nacional, Rio de Janeiro, Vice Reino do Brasil
Com a exploração das Minas e a circulação de mercadorias e pessoas por essa região, o eixo do poder no Vice-Reino do Brasil se desloca, levando D. José I (1714-1777) a determinar em 31 de agosto de 1763 a transferência da capital de Salvador para o Rio de Janeiro. O Rio se tornou Capital, "cabeça do Estado do Brasil", como então se dizia, pela carta-régia de 27 de janeiro de 1763.
O Hebdomadario Lisbonense - 1763 a 1767, uma das publicações mais antigas da Hemeroteca Digital, contempla em seu rol de notícias o aumento da circulação de navegações no Rio de Janeiro.
A mudança foi estratégica, na visão do Secretário de Estado, Sebastião José de Carvalho e Melo (1699-1782), o Marquês de Pombal, pois era preciso proteger o escoamento de riquezas pela região. A Baía de Guanabara já havia dado acesso aos franceses no passado, e o Império português procurava fortalecer o apoio militar contra as tropas espanholas no litoral sul do país.
O primeiro vice-rei na nova capital foi D. Antônio Álvares da Cunha (1700-1791), Conde da Cunha, que fez boa administração, tomando uma série de medidas para moralizar práticas administrativas (http://memoria.bn.br/DocReader/089842_07/60616). No pouco tempo que durou o exercício de sua função administrativa, reparou todas as fortalezas desmanteladas, construiu o Arsenal Militar e de Marinha (onde se armou a famosa nau S. Sebastião), organizou o hospital dos Lázaros e não deixou de amparar aos colonos que, no Sul, enfrentavam os espanhóis que forçavam a fronteira. Administrador do Vice-Reino entre 1763 e 1767, Conde da Cunha foi o principal responsável pela afirmação do Rio de Janeiro como capital, moradia do vice-rei e centro político do Brasil. Essas circunstâncias foram centrais para permitir o estabelecimento da sede de todo Império lusitano no Brasil.
Desde 1763 o Rio convive com essa noção contínua de capitalidade nacional, caixa de ressonância, lugar que de algum modo resume parte do melhor e do pior do Brasil. É a sede de parte central das preciosidades culturais da nação, como a Biblioteca Nacional.
Explore os documentos:
Correio da Manhã, 21 de fevereiro de 1960. Como o Rio foi capital
Correio da Manhã, 23 de fevereiro de 1960. No tempo dos vice-reis
Correio da Manhã, 21 abril de 1960. A cidade quando se tornou capital, em 1763
Correio da Manhã, 21 abril de 1960. A História (apressada) do Rio de Janeiro
Veja também:
http://bndigital.bn.gov.br/exposicoes/rio-de-janeiro-450-anos-uma-historia-do-futuro/cidade-dos-arcos-2/
O Hebdomadario Lisbonense - 1763 a 1767, uma das publicações mais antigas da Hemeroteca Digital, contempla em seu rol de notícias o aumento da circulação de navegações no Rio de Janeiro.
A mudança foi estratégica, na visão do Secretário de Estado, Sebastião José de Carvalho e Melo (1699-1782), o Marquês de Pombal, pois era preciso proteger o escoamento de riquezas pela região. A Baía de Guanabara já havia dado acesso aos franceses no passado, e o Império português procurava fortalecer o apoio militar contra as tropas espanholas no litoral sul do país.
O primeiro vice-rei na nova capital foi D. Antônio Álvares da Cunha (1700-1791), Conde da Cunha, que fez boa administração, tomando uma série de medidas para moralizar práticas administrativas (http://memoria.bn.br/DocReader/089842_07/60616). No pouco tempo que durou o exercício de sua função administrativa, reparou todas as fortalezas desmanteladas, construiu o Arsenal Militar e de Marinha (onde se armou a famosa nau S. Sebastião), organizou o hospital dos Lázaros e não deixou de amparar aos colonos que, no Sul, enfrentavam os espanhóis que forçavam a fronteira. Administrador do Vice-Reino entre 1763 e 1767, Conde da Cunha foi o principal responsável pela afirmação do Rio de Janeiro como capital, moradia do vice-rei e centro político do Brasil. Essas circunstâncias foram centrais para permitir o estabelecimento da sede de todo Império lusitano no Brasil.
Desde 1763 o Rio convive com essa noção contínua de capitalidade nacional, caixa de ressonância, lugar que de algum modo resume parte do melhor e do pior do Brasil. É a sede de parte central das preciosidades culturais da nação, como a Biblioteca Nacional.
Explore os documentos:
Correio da Manhã, 21 de fevereiro de 1960. Como o Rio foi capital
Correio da Manhã, 23 de fevereiro de 1960. No tempo dos vice-reis
Correio da Manhã, 21 abril de 1960. A cidade quando se tornou capital, em 1763
Correio da Manhã, 21 abril de 1960. A História (apressada) do Rio de Janeiro
Veja também:
http://bndigital.bn.gov.br/exposicoes/rio-de-janeiro-450-anos-uma-historia-do-futuro/cidade-dos-arcos-2/
