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Centenário | 13 de abril Nascimento de Dona Ivone Lara (m. 2018)

13 abr 2022

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Dona Ivone Lara: saúde plena do samba


 "Embora ela não goste que se diga isso, é a Primeira Dama do nosso samba", escrevia um jornalista anônimo na revista carioca Cruzeiro em 1982, apontando os destaques do showbizz tupiniquim naquele ano. Pudera. Já fora chamada de Grande Dama do Samba, Mãe de Angola e Rainha do Samba - essa de Primeira Dama era só mais uma para a coleção. A dona de tamanhas alcunhas era há muito mais do que tarimbada. Anos antes enfermeira e assistente social, ela era daquelas: boa de briga, na luta cotidiana. Haja responsa. Mas, fora do ambiente de trabalho, seu coração batia mesmo era pelo samba. Uma vez aposentada, foi nele em que deitou e rolou. Naquele badalado 1982, ela já era uma estrela. Que, ainda assim, acabava de surpreender com uma participação num especial infantil para a televisão, o "Pirlimpimpim". Entre outros personagens do Sítio do Picapau Amarelo, de Monteiro Lobato, a rainha mandou ver cantando "Festa animada", encarnando Tia Nastácia à perfeição, entre frutas, talheres e saleiros flutuando no ar, ao sabor de seu ritmo. "No Sítio do Picapau / Na festa de Narizinho / O baile foi incrementado / Com muitos doces e salgadinhos". O resultado não podia ser outro. Acabou imortalizada nos retratos afetivos de infâncias mil. Pois, além de ser de uma vitalidade ímpar, ela também era assim: toda carisma e cadência. Não havia como ver e ouvir aquilo e não querer abraçar aquela bamba e sapeca senhora.

É de deixar pasmo que ela só teve as primeiras oportunidades de exibir seu talento ao grande público pouco mais de dez anos antes daquela apresentação na TV. Foi por volta de 1970 ou 1971, quando já beirava os 50. Quando seu estilo próprio começava a sair dos limites da Serrinha, o afamado terreiro da escola de samba do Império Serrano, indo parar no gogó de outras imortais do olimpo da MPB: Elza Soares, Beth Carvalho, Maria Bethânia e Gal Costa. Em 1978, mesmo ano em que as duas últimas gravaram seu sucesso "Sonho meu", atraindo holofotes como nunca, gravou seu primeiro disco, pouca coisa depois de enviuvar e pendurar as chuteiras como profissional da saúde. E dali em diante, o céu foi seu limite. Exemplo na voz, no cavaquinho e na vida, foi herdeira das partideiras Tia Ciata e Clementina de Jesus. E a primeira mulher a compor um samba enredo, sim senhora. Dona Ivone Lara, nascida a 13 de abril de 1922, hoje centenária, tinha razão de não aceitar a primeira-damice do samba. Se há Império Serrano, ela era imperatriz, isso sim, e por direito.

O trunfo sempre presente no cartão de visitas de Dona Ivone não era nenhuma moleza: foi uma das pioneiras femininas no Clube do Bolinha que era o samba de antanho, tanto como compositora quanto como intérprete. Entrou para a história cultural do Brasil ao ser a primeira mulher a assinar um samba-enredo, em 1947, e a primeira a integrar uma ala de compositores de escola de samba, no caso, da Império Serrano, quando, em 1965, compôs em parceria “Os Cinco Bailes da História do Rio”. Já era o suficiente, mas Dona Ivone Lara foi ainda mais do que isso. Numa seara nem sempre explorada, a bamba também foi acima da curva como servidora pública na área da saúde: exemplo de força nas origens da luta antimanicomial e uma das primeiras mulheres negras a ser assistente social neste país. Dentro ou fora do riscado do samba, sua história é uma daquelas que valem a pena contar.

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Era caso para estudo: já quando nasceu, no bairro carioca de Botafogo, muito antes de ser "Dona", a pequena Yvonne Lara da Costa trazia o samba no DNA. Seus pais eram costureira e mecânico de bicicletas. E, frequentadores de blocos e ranchos carnavalescos que eram, também cantora e violinista. Não tinham rádio em casa - eles próprios se bastavam. Um casal de tios muito próximos da pequena, Teresa e Dionísio, abrigava verdadeiros saraus em casa: ali Yvonne absorveu, de camarote, toda a ancestralidade dos jongos e das rodas de choro. Um pouco mais tarde veio o aporte erudito. Com a morte do pai, se mudou para a Tijuca com a mãe, onde foi matriculada no Colégio Municipal Orsina da Fonseca, em regime de internato. Passou a ter, ali, aulas de música com Zaíra de Oliveira e Lucília Guimarães Villa-Lobos. Esta, dona de um sobrenome que dizia tudo em matéria de musicalidade, viu o talento da jovem, que acabou indicada para o Orfeão dos Apiacás, da Rádio Tupi, regido pelo seu marido, o maestro Heitor Villa-Lobos. Daí certa sofisticação na sambista de tempos depois, dizem.

A meados da década de 1930, quando tinha apenas 12 anos, a jovem Yvonne compôs pela primeira vez uma canção, em parceria com dois primos: nascia assim "Tiê", como se chamava um passarinho dado a ela por um deles, aquele que mais tarde atenderia pelo nome artístico de Mestre Fuleiro. Era uma família de ouvido afinado, a começar por tio Dionísio. Foi com este, afinal, que ela aprendeu a tocar cavaquinho. É que, como havia se tornado, também, órfã de mãe, aos 17 anos anos foi morar com ele em Inhaúma, no subúrbio. O problema era que buscar profissionalização na música era tarefa ingrata para quem não vive de ar e tem contas a pagar. Sobretudo quando se vem de família humilde e negra. Presto Yvonne teve que ganhar a vida.

Em 1943, então, se formou na Escola de Enfermagem Alfredo Pinto. Quando aluna, como havia sido aprovada entre os dez primeiros na admissão, Yvonne recebia uma bolsa que ajudava em casa. Com o diploma debaixo do braço, virou plantonista de emergência. Tarefa cascuda. Mas, ainda assim, o lar do velho Dionísio era sempre o mesmo. As rodas de choro em sua casa contavam com a presença, naqueles dias, de Pixinguinha, Donga e Jacob do Bandolim. Yvonne tinha cada professor.

Alguns anos depois de sua formatura como enfermeira, Yvonne encasquetou em dar outro rumo à carreira. Em 1947, aos 25 anos de idade, portanto, passou num concurso público do Ministério da Saúde, para o Serviço Nacional de Doenças Mentais. Pouco depois se formou em um novo curso, para assistente social - figurando, além de tudo, como uma das mulheres negras pioneiras de sua classe, com curso superior. Além de enfermeira, nessa nova função atuou no Instituto de Psiquiatria do Engenho de Dentro e na Colônia Juliano Moreira, em Jacarepaguá, por 30 anos, até a aposentadoria - ao todo, aliás, calcula-se que tenha trabalhado por quase 40 anos como servidora. Foi durante sua labuta por lá que ainda se especializou em terapia ocupacional, trabalhando diretamente com ninguém menos que Nise da Silveira. Via de perto como a médica revolucionava o tratamento psiquiátrico no Brasil, dando sua contribuição no processo.

Nota 10 no quesito arregaçar as mangas, Dona Ivone teve participação ativa no engatinhar da humanização do tratamento de pessoas com sofrimentos mentais no país, tendência até aquele momento recente, mas já reconhecida internacionalmente. Ivone Lara ajudou a fundamentar práticas de expressão artística em oficinas coletivas com os pacientes do Instituto, onde, muitas vezes, atividades de musicalização e apresentações de canto, pintura e dança ajudavam a quebrar o duro o clima hospital, criando vínculos entre pacientes e a sociedade. Enquanto Nise focava em trabalhos de ressocialização via telas, pincéis e contatos dos internados no hospital do Engenho de Dentro com animais, Dona Ivone encabeçava os trabalhos de musicoterapia. E não parava por aí: ainda viajava pelo estado do Rio de Janeiro atrás de pessoas de referência para os pacientes abandonados, sempre na tentativa de conscientização a respeito do quão importantes eram as redes de suporte, frente aos estigmas da saúde mental. Se já era ímpar, a trajetória da Grande Dama ficou mais ainda. A pródiga filha da Serrinha foi, afinal, da velha guarda da luta antimanicomial brasileira - coisa que, por si só, a colocaria no desfile de nossas campeãs por uma sociedade melhor.

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Embora a prioridade de Yvonne tenha sido sua carreira na saúde, paixão era paixão. Sempre programava suas férias para que coincidissem com o carnaval, para poder participar dos desfiles. Sua escola de samba era a Prazer da Serrinha, do Morro da Serrinha, reduto de longa data do jongo e do partido-alto na divisa entre os bairros de Vaz Lobo e Madureira. Se pudesse, dizia ela, desfilaria em todas as escolas de samba. Mas foi para a Prazer que compôs seu primeiro samba enredo, "Nasci para sofrer", com a qual a agremiação desfilou em 1947. Quando a Prazer foi dissolvida em 1952, a sambista - assim como muitos de seus companheiros de escola - migraram para a novíssima Império Serrano, fundada por dissidentes da Serrinha em 1947. Nesse mesmo ano mágico, Yvonne se casara com Oscar, um cara que não gostava muito de rodas de samba, mas que era filho de Alfredo Costa, presidente da Serrinha - e anos mais tarde também da Império.

É correto dizer que Yvonne literalmente viu a coroada verde e branco nascer, ao ponto em que sua história pessoal se confunde com a da Império Serrano. O samba considerado seu hino, "Não Me Perguntes", havia sido composto por Mestre Fuleiro, um dos dissidentes fundadores da escola: era mesmo aquele velho primo de Yvonne, influenciador direto da experiência musical da jovem bamba. Que teve, afinal, prestígio suficiente para quebrar, por ali, uma velha barreira: nas escolas de samba as mulheres costumavam ficar na função de "pastoras", memorizando e mandando as letras das composições no gogó, pelas quadras, no compasso dos batuques. Yvonne, não. Levou algum tempo, onde, não raro, algumas composições suas ficaram registradas sob o nome do primo, para evitar preconceitos. Mas em 1965 passou a fazer parte da ala dos compositores da Império Serrano, coisa nunca antes vista. No carnaval do ano em que a cidade do Rio comemorava seus 400 anos, o samba-enredo "Os Cinco Bailes da História do Rio", volta e meia listado como um dos melhores de todos os tempos, saiu do forno assinado por Yvonne, Bacalhau e Silas de Oliveira. De 1968 em diante, a enfermeira e assistente social passou a sair regularmente na ala das baianas da agremiação. Em paralelo, nascia, ali, aos poucos, uma lenda. Yvonne passara a ser Dona Ivone Lara.

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Ao longo dos anos 1960 Dona Ivone teve suas atividades um tanto restritas ao meio carnavalesco. Mas aí veio a gentrificação. Coisa da moçada da bossa nova. E, daí, o asfalto. É que no fim daquela década rodas de samba começaram a rolar no Teatro Opinião, em Copacabana, na Zona Sul carioca, reduto não de umbigadas, mas da intelectualidade jovem do momento, não raro regada a uísque. Carlos Lyra e Nara Leão ficaram boquiabertos com o timbre e a presença daquela respeitável senhora de Madureira. Seu canto não era só dela, ecoava gerações e gerações. Assim como os dois, outros talentos brancos então em voga buscavam inspirações afro-brasileiras. De repente, a fina flor da cultura musical carioca quis subir os morros ou partir para os subúrbios. Que raios significa, afinal, partido-alto? Dona Ivone, que bem sabia cantar as tristezas e os augúrios de sua meninice, chamou a atenção pela doce e rica melodia de suas composições, mesmo quando traziam letras de terceiros. Súbito, passou a ser solicitada.

Por sugestão do empresário e apresentador de televisão Osvaldo Sargentelli e do produtor musical Adelzon Alves, que enxergaram seu potencial, a Yvonne da Serrinha passou a se chamar Dona Ivone Lara. De início não gostou muito da ideia, pois se julgava nova demais. Mas marketing é marketing. Depois de sua participação no álbum "Sargentelli e O Sambão", uma gravação ao vivo que contava com os sambas "Agradeço a Deus" e "Sem Cavaco Não" no repertório, as duas compostas por Dona Ivone e Mano Décio da Viola, a bamba da Império começou a ser identificada pela crítica como uma das maiores compositoras do gênero no Brasil. Em meados da década de 1970 seu nome começou a figurar na imprensa, entre lamentos de que "só agora que nos demos conta desse talento". Ora, pois.

Os agitadores culturais Albino Pinheiro e Sérgio Cabral, este jornalista da trupe d'O Pasquim, produziram empolgados a primeira apresentação solo da sambista - que além de tudo cantava! - na boate Monsieur Pujol, em 1974. Estouro. Daí foi se apresentar no programa do Chacrinha, na TV Globo, e no Projeto Pixinguinha. Em 1975, um baque: Odair, um de seus dois filhos com Oscar, sofrera um acidente de carro que vitimou, na verdade, por infarto, o pai. Sacudiu a poeira, a bamba. Em parceria com Délcio Carvalho, Dona Ivone compôs em 1976 "Samba minha raiz" e "Acreditar". Se aposentou no ano seguinte e caiu de cabeça no samba.

Em 1978, Ivone arrebentou para valer. Foi com "Sonho meu", gravada por Beth Carvalho e Maria Bethânia. Se alguém ainda não tinha ouvido falar em Ivone Lara, era por cochilar no ponto: a talentosa cria da Serrinha faturou o então cobiçado prêmio Sharp de melhor música para 1978. Sonho dela, sonho nosso. Nas cabeças, naquele mesmo ano o mercado fonográfico estava bem acordado: lançava-se, enfim, o primeiro disco de Dona Ivone Lara, "Samba, minha verdade, samba minha raiz". Como se não bastasse, a data de estreia do LP quase coincidia com a do lançamento do filme A Força de Xangô, de Iberê Cavalcanti, onde Ivone ainda dava as caras, como atriz. Ascender como um foguete é assim: não tem como dar marcha à ré.

Não à toa, "Sorriso de criança", o segundo disco de Dona Ivone, saiu já em 1979, quando seu primeiro álbum mal havia esfriado - na verdade, há quem diga que está quente até hoje. Shows, participações especiais e palhinhas pipocavam com intensidade para a Grande Dama ao longo dos anos 1980, sem falar em suas atribuições na Império Serrano, para onde seus holofotes acabavam se virando. Que nem guria pequena, se realizava: não podia ver um palco que já queria subir. A campanha publicitária que a gravadora Som Livre emplacou ao divulgar um novo LP da artista, intitulado simplesmente "Ivone Lara", em 1985, rendeu em seguida shows na França, onde antes já havia se apresentado, e também nos Estados Unidos e no Japão. Mas, naquele tempo, outra experiência internacional a marcou. A cartografia dos sambas da imperatriz alviverde era de herança africana. Ganhou a alcunha de Mãe de Angola. Foi quando, sob a produção de Fernando Faro, uma temporada de apresentações de Ivone Lara fez o caminho inverso da diáspora. Numa entrevista cedida a um programa especial pela TVE em 2017, apenas um ano antes de falecer, a Dama lembrava:
Eu jamais podia pensar que, quando chegasse a Angola, alguém fosse me reconhecer. (...) E a coisa mais engraçada foi que, na hora em que eu cheguei, começaram a me dar adeus e falar que era a Mãe de Angola, "mamãe, mamãe". E eu dizia "que é, meus filhos", entrando naquela intimidade com eles. Quando desci do avião, eu tinha a impressão de que eu estava em casa, de que eu já conhecia aquele lugar ali. E tive uma emoção muito grande quando fui a uma ilha com o nome Mussulo. (...) Senti um arrepio dos pés à cabeça. Eu só tinha vontade de chorar.

Na volta para cá, a tarimbada da Serrinha vivia momento de grande popularidade. Surfando nela, gravou até o jingle de campanha de Moreira Franco para as eleições estaduais de 1986, coisa que ajudou - e muito - o futuro governador fluminense. Houve quem chiasse. Quando então perguntada em quem votaria, Dona Ivone desconversava, marota. No Jornal do Brasil de 23 de novembro daquele ano, dizia: "A (rádio) Roquette Pinto diz que Darcy (Ribeiro) ainda tem chance". No mais, peitava a patrulha: "Na minha idade não devo satisfação a ninguém. Esses que falaram não tiveram a oportunidade que tive. Trabalhei, ganhei o meu e não quero nem saber". Jurados a vida sempre nos impõe. Depois de tanto dar duro, tá tudo certo, rainha.

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A 21ª edição do Prêmio da Música Brasileira, em 2010, teve Dona Ivone Lara como homenageada, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. No carnaval de 2012, a Império Serrano só poderia vir com um tema: aproveitando os 90 anos de sua mais que ilustre componente, fez bonito com "Dona Ivone Lara: O enredo do meu samba". Em 2016, já aos 94, a Grande Dama foi até Brasília, onde, de cadeira de rodas, recebeu uma honraria totalmente diferente: galardoada com a Ordem do Mérito Cultural, condecoração anual do governo federal a quem é responsa na área. Pouco depois brotou até um musical para a bamba da Serrinha: "Dona Ivone Lara – Um sorriso negro", montado por Jô Santana. Homenagens a dar com o rodo, como de costume.

Dona Ivone Lara partiu deste mundo já bem vovozinha, aos 96 anos, em 16 de abril de 2018. Por pouco este texto sobre seu centenário não a pega viva e esperta. Mas nesse ponto nos referimos apenas ao material. Elza Soares. Clara Nunes. Arlindo Cruz. Zeca Pagodinho. Maria Bethânia. Paulinho da Viola. Beth Carvalho. Gal Costa. Dudu Nobre. Caetano Veloso. Gilberto Gil. Elba Ramalho. Criolo. Martinho da Vila. Diogo Nogueira. Adriana Calcanhoto. Zélia Duncan. Roberto Ribeiro. Paula Toller. Mariene de Castro. Roberta Sá. Marisa Monte. Reinaldo, O Príncipe do Pagode. E outros, incontáveis outros, entre tantos estilos e carnavais. Nestes nomes, nas rodas pelos subúrbios e nos repiques da coroa verde e branca na Sapucaí segue, como sempre, a Grande Mãe. Dona Ivone Lara.

Explore os documentos:

Em 1977, o Jornal do Brasil dá conta da gravação do primeiro disco de Dona Ivone Lara, "A grande dama do samba":

http://memoria.bn.br/DocReader/030015_09/104988

 

"Dona Ivone Lara ainda não foi descoberta como devia", dizia a revista carioca Cruzeiro, em 1978:

http://memoria.bn.br/DocReader/003581/199762

 

Da Serrinha para o mundo: a hora e a vez de Ivone Lara, em 1978, na ótica do JB:

http://memoria.bn.br/DocReader/030015_09/123522

 

Nem precisava perguntar. José Ramos Tinhorão dizia, em sua coluna no JB: "Para melhor disco de 1978, voto (desde já) em Dona Ivone Lara:

http://memoria.bn.br/DocReader/030015_09/124831

 

Naquele mesmo ano de 1978, o Correio Braziliense, do Distrito Federal, destacava as apresentações de Dona Ivone por Brasília, naquele momento, pela capital brasileira, dando detalhes biográficos da bamba:

http://memoria.bn.br/DocReader/028274_02/104793

 

Em 1979, a revista Manchete, também do Rio de Janeiro, mostrava um pouco da passagem de Ivone Lara por Paris, onde se apresentou por duas semanas no teatro Parly 2, a convite da Rádio Europa 1: "Mostrei aos parisienses um pouco do samba de quadra, o bom som da Serrinha"

http://memoria.bn.br/DocReader/004120/189907

 

Na crista da onda, o Jornal do Brasil também dá, em detalhes, a ida da Imperatriz da Serrinha a Paris, em 1979:

http://memoria.bn.br/DocReader/030015_09/166300

 

Ainda em 1979, Tárik de Souza destaca Ivone Lara em meio a talentos de outras gerações e tradições musicais, dentro da MPB. É um "Momento coletivo":

http://memoria.bn.br/DocReader/030015_09/139075

 

Em 1980, ao lado de Martinho da Vila, Dona Ivone sacode o Teatro João Caetano, na Praça Tiradentes, no Centro do Rio:

http://memoria.bn.br/DocReader/030015_10/19064

 

No ano seguinte, Dona Ivone Lara manda ver na maioria das canções em um show em homenagem a Silas de Oliveira, seu antigo parceiro da Serrinha, na Sala Funarte:

http://memoria.bn.br/DocReader/030015_10/25103

 

Só elogios: no JB, Tárik de Souza louva o talento de Ivone Lara, mas adverte: é ainda uma cantora oculta pelo sucesso como autora:

http://memoria.bn.br/DocReader/030015_10/78689

 

Na estreia da Rede Manchete de Televisão, em 1983, um show televisionado dava todo o destaque a Dona Ivone Lara e Paulinho da Viola:

http://memoria.bn.br/DocReader/004120/218404

http://memoria.bn.br/DocReader/004120/218405

 

"Império Serrano e Dona Ivone são quase uma história só", afirma Beatriz Bonfim em especial do Caderno B do Jornal do Brasil a respeito da participação da sambista no carnaval de 1983, desfilando em carro alegórico especial por sua escola:

http://memoria.bn.br/DocReader/030015_10/90520

 

Com 80 anos, em 2002 Dona Ivone faturava o Prêmio Shell de música popular brasileira. E continuava se apresentando - aqui, novamente em Brasília, conforme as páginas do Correio Braziliense, em 2002 e no ano seguinte:

http://memoria.bn.br/DocReader/028274_05/10697

http://memoria.bn.br/DocReader/028274_05/37579

 

Ao início de 2010, aos 87 anos, a vigorosa Dama do Samba lança DVD "cercada por seletíssimos convidados", segundo Luiz Felipe Reis, no JB. Naquele mesmo ano, Dona Ivone abria o Viradão Carioca, em palco montado na Praça XV:

http://memoria.bn.br/DocReader/030015_13/694

http://memoria.bn.br/DocReader/030015_13/7165

 

Também em 2010, a 21ª edição do Prêmio da Música Brasileira teve Dona Ivone Lara como homenageada, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro:

http://memoria.bn.br/DocReader/030015_13/13197

http://memoria.bn.br/DocReader/030015_13/13202