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Expedições | Amyr Klink

26 set 2020

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Data de setembro de 1519, a primeira expedição de circum-navegação do globo terrestre. O português Fernão de Magalhães foi o primeiro a planejar tal viagem, que a reboque desaguou no movimento de expansão marítima nas Américas, patrocinado por Portugal e Espanha. A experiência das expedições de exploração ganhou também as páginas dos relatos de viagem e da literatura internacional. Foi assim que o comandante de embarcações Amyr Klink desenvolveu as bases de sua paixão: a navegação. A infância se passava no contexto da guerra fria, cuja corrida espacial e a criação de novas tecnologias inspiravam mentes curiosas. Títulos como “O Pequeno Príncipe” e “20.000 léguas submarinas” despertaram no pequeno Amyr a vontade de velejar.

Nascido de pai libanês e mãe sueca, Amyr cresceu em Paraty, cidade histórica localizada no litoral sul do estado do Rio de Janeiro. Lá, aos dez anos de idade, conquistou a primeira canoa. Uma de tantas embarcações que viria a ter. Formou-se em Economia pela Universidade de São Paulo e é casado com a fotógrafa e velejadora Marina Bandeira com quem teve três filhas. Todas envolvidas com o mundo da navegação.

Entre as expedições marítimas, no ano de 1984, Amyr realizava a travessia a remo do Atlântico Sul, em 1986 era a vez de desbravar a Antártica e, em 1989, com a embarcação Paratii inicia sua primeira expedição solo. Uma viagem de mais de 640 dias de duração. Em 2002, iniciou uma viagem experimental em um barco projetado pelo próprio navegador. Foram mais de 40 viagens oceânicas. Uma façanha que o alçou a marca de um dos maiores navegadores do mundo.

A vida marítima não trouxe apenas aventuras, termo inclusive evitado pelo navegador por acreditar que toda expedição pressupõe planejamento e demanda perícia para umaviagem segura. A experiência no mar trouxe como filosofia a condução de uma vida conectada ao consumo consciente, de base sustentável. Princípio que se estende à execução de seus projetos náuticos. A história de isolamento, força e perseverança pode ser acompanhada através de seus livros. São cinco: “Cem dias entre o céu e o mar”, “Paratii entre dois pólos”, “As Janelas de Paratii”, “Mar sem fim” e “Linha D’Água”. Este último resultou na exposição“Linha D’Água”, mostra com 30 fotografias do acervo de Amyr Klink e esposa sobre o uso racional da água nas expedições realizadas pelo velejador.

Atualmente Amyr Klinkexerce a função de diretor da Planejamento e Pesquisa Ltda. e da Amyr Klink Projetos Especiais Ltda, além de ser sócio fundador da Revista “Horizonte” e do Museu Nacional do Mar, localizado em São Francisco do Sul, estado de Santa Catarina.

Seção de Iconografia


Castagneto, Giovanni Battista, 1851-1900. [Barco a vela].