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Literatura| Coelho Neto, político e escritor brasileiro

21 fev 2021

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Em 1964 a Biblioteca Nacional realizou uma exposição em homenagem ao centenário de Coelho Neto. Adonias Filho, na época Diretor da Biblioteca Nacional, apontava na introdução do catálogo que ilustra este post a importância de resgatar a obra deste autor que teria sido injustiçado em função de um “equívoco entre os modernistas e Coelho Neto”.

De fato, Coelho Neto era uma personalidade multifacetada. Foi romancista, professor, poeta, crítico, teatrólogo, contista e memorialista, além de incentivador dos esportes, especialmente do futebol, chegando a ser diretor do Fluminense Football Club.

Foi autor de uma vasta obra e considerado um dos autores mais lidos e aclamados no final do século XIX e nas primeiras décadas do século XX. Foi membro-fundador da Academia Brasileira de Letras e indicado ao prêmio Nobel de Literatura, representando Brasil e Portugal.

Sua obra transitou entre romances naturalistas e realistas e recebeu duras críticas de modernistas como Oswald de Andrade que consideravam a sua escrita prolixa e “rococó”. Os modernistas declaravam guerra à Academia Brasileira de Letras e aos poetas parnasianos, ambos caros à Coelho Neto. Advogando uma língua sem arcaísmos e sem erudição, transformaram Coelho Neto em símbolo da opressão do século XIX sobre a literatura brasileira. Oswald de Andrade chegou a apelidá-lo de “Coelho avô”.

(Seção de Iconografia)

BIBLIOTECA NACIONAL (Brasil). Exposição comemorativa do centenário de nascimento de Coelho Neto. Rio de Janeiro, RJ: Biblioteca Nacional, 1964. 34p., [2]f. de estampas, 24 cm.