Música | Mestre João Pernambuco
02 nov 2021
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Em 2 de novembro de 1883 nascia João Teixeira Guimarães, que mais tarde se tornaria João Pernambuco. A matéria do Caderno B, de 1983, sobre as comemorações do seu centenário, relembra a trajetória do músico e os esforços para a recuperação do seu legado musical.
João Pernambuco chegou de Recife trazendo o que aprendeu dos cantadores e violeiros nordestinos nos mercados e feiras. No Rio de Janeiro trabalhou como ferreiro e calceteiro e o destino fez com que fosse morar na pensão do pai de Pixinguinha, a pensão Viana. Logo conheceu com importantes músicos da época como Sátiro Bilhar e Catulo da Paixão Cearense e passou a fazer parte das animadas e concorridas rodas de choro que aconteciam lá e no casarão da rua Mem de Sá. Os frequentadores eram Quincas Laranjeiras, Patrício Teixeira, Donga, e até Villa-Lobos.
Fez muito sucesso com a temática regionalista, muito em voga na época. Participou do grupo Turunas Pernambucanos e dos Oito Batutas, com Pixinguinha e Donga. Além dos cocos e emboladas, produziu valsas, choros e maxixes.
Não teve formação acadêmica na sua técnica violonística, mas seu trabalho foi tão importante que fez escola. Foi um dos primeiros compositores a criar um repertório de choro escrito especialmente para violão. João Pernambuco fazia uma mistura de sons nordestinos, maxixe e choro que tornava sua obra única na música instrumental brasileira. Sua influência se deu mais por seus seguidores e alunos do que pelo reconhecimento do mercado musical. Entre os seguidores mais importantes, divulgadores da sua obra, estão Dilermando Reis, Jacob do Bandolim e Turíbio Santos. Entre seus alunos estava Jaime Florence, o Meira, que foi professor de vários ícones do violão, como Baden Powel e Rafael Rabelo.
Jornal do Brasil, 22 de fevereiro de 1983 Centenário de João Pernambuco.
João Pernambuco chegou de Recife trazendo o que aprendeu dos cantadores e violeiros nordestinos nos mercados e feiras. No Rio de Janeiro trabalhou como ferreiro e calceteiro e o destino fez com que fosse morar na pensão do pai de Pixinguinha, a pensão Viana. Logo conheceu com importantes músicos da época como Sátiro Bilhar e Catulo da Paixão Cearense e passou a fazer parte das animadas e concorridas rodas de choro que aconteciam lá e no casarão da rua Mem de Sá. Os frequentadores eram Quincas Laranjeiras, Patrício Teixeira, Donga, e até Villa-Lobos.
Fez muito sucesso com a temática regionalista, muito em voga na época. Participou do grupo Turunas Pernambucanos e dos Oito Batutas, com Pixinguinha e Donga. Além dos cocos e emboladas, produziu valsas, choros e maxixes.
Não teve formação acadêmica na sua técnica violonística, mas seu trabalho foi tão importante que fez escola. Foi um dos primeiros compositores a criar um repertório de choro escrito especialmente para violão. João Pernambuco fazia uma mistura de sons nordestinos, maxixe e choro que tornava sua obra única na música instrumental brasileira. Sua influência se deu mais por seus seguidores e alunos do que pelo reconhecimento do mercado musical. Entre os seguidores mais importantes, divulgadores da sua obra, estão Dilermando Reis, Jacob do Bandolim e Turíbio Santos. Entre seus alunos estava Jaime Florence, o Meira, que foi professor de vários ícones do violão, como Baden Powel e Rafael Rabelo.
