Série Documentos Biográficos | Processo de naturalização de Antonio Vicente Danemberg
03 nov 2021Artigo arquivado em Série Documentos Biográficos
O “Projeto Documentos Biográficos: um retrato da vida cotidiana do Império (1808-1868)”, desenvolvido pela parceria entre a Fundação Biblioteca Nacional, o CONARQ e a UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, apresenta o processo de naturalização brasileira do português Antonio Vicente Danemberg, nascido em Goa, colônia de Portugal.
Danemberg foi negociante, fazendeiro, vereador e Major Comandante interino do Corpo de Cavalaria da Guarda Nacional da Décima Segunda Legião, na Vila de Itaguahy, atual município de Itaguaí, no Estado do Rio de Janeiro. Consta no “Jornal do Commercio”, no ano de 1842, que chegou a ser substituto do subdelegado Francisco José Cardoso, um importante negociante, em Itaguaí. Aparecia como eleitor deste município e consultor eleito para a casa de caridade, no “Almanak Administrativo, Mercantil e Industrial do Rio de Janeiro”.
Em agosto de 1840, Danemberg apresentou o pedido de naturalização brasileira. Segundo o processo, estava de acordo com as exigências da lei de naturalização de 1832. Justificou que era maior de 21 anos, achava-se no gozo dos direitos civis e políticos, residia no país desde 1827, não havia cometido nenhum crime, possuía negócios ligados ao café, sendo sócio de Felipe Nery de Carvalho, e professava a religião católica. Essas condições foram certificadas pelo secretário municipal de Itaguaí, Manoel da Costa e Oliveira. Danemberg não informou se possuía família no país. Dentre as testemunhas inquiridas no processo estão: Manoel Martins do Couto Reis, Major de Cavalaria da Guarda Nacional, Domingos José Teixeira Chaves, juiz de órfãos, Antonio José de Oliveira Sampaio, juiz municipal. Um aspecto relevante observado em um dos documentos foi o pedido para ser condecorado com a Comenda de Cristo, o que lhe conferiria mais status e poder, no município de Itaguaí, mantendo-se no topo da hierarquia social.
No dossiê, constam os seguintes documentos: o requerimento encaminhado ao Ministério do Império, solicitando ser condecorado com a Comenda da Ordem de Cristo; o requerimento solicitando carta de naturalização como cidadão brasileiro; o processo de naturalização do requerente; o documento informando a quantia a ser paga à Secretaria de Estado dos Negócios do Império para a expedição do Diploma do Hábito da Ordem de Cristo.
É possível consultar os documentos, na BN Digital.
Visando a resgatar e divulgar a memória do Brasil Império, a série Documentos Biográficos irá apresentar processos de naturalização de estrangeiros integrantes da Coleção Documentos Biográficos da Seção de Manuscritos. A série de textos conta com a colaboração de graduandos em História da UERJ, supervisionados por servidores historiadores. Para saber mais sobre esse e outros documentos, é possível acessar o Guia de Coleções.
Danemberg foi negociante, fazendeiro, vereador e Major Comandante interino do Corpo de Cavalaria da Guarda Nacional da Décima Segunda Legião, na Vila de Itaguahy, atual município de Itaguaí, no Estado do Rio de Janeiro. Consta no “Jornal do Commercio”, no ano de 1842, que chegou a ser substituto do subdelegado Francisco José Cardoso, um importante negociante, em Itaguaí. Aparecia como eleitor deste município e consultor eleito para a casa de caridade, no “Almanak Administrativo, Mercantil e Industrial do Rio de Janeiro”.
Em agosto de 1840, Danemberg apresentou o pedido de naturalização brasileira. Segundo o processo, estava de acordo com as exigências da lei de naturalização de 1832. Justificou que era maior de 21 anos, achava-se no gozo dos direitos civis e políticos, residia no país desde 1827, não havia cometido nenhum crime, possuía negócios ligados ao café, sendo sócio de Felipe Nery de Carvalho, e professava a religião católica. Essas condições foram certificadas pelo secretário municipal de Itaguaí, Manoel da Costa e Oliveira. Danemberg não informou se possuía família no país. Dentre as testemunhas inquiridas no processo estão: Manoel Martins do Couto Reis, Major de Cavalaria da Guarda Nacional, Domingos José Teixeira Chaves, juiz de órfãos, Antonio José de Oliveira Sampaio, juiz municipal. Um aspecto relevante observado em um dos documentos foi o pedido para ser condecorado com a Comenda de Cristo, o que lhe conferiria mais status e poder, no município de Itaguaí, mantendo-se no topo da hierarquia social.
No dossiê, constam os seguintes documentos: o requerimento encaminhado ao Ministério do Império, solicitando ser condecorado com a Comenda da Ordem de Cristo; o requerimento solicitando carta de naturalização como cidadão brasileiro; o processo de naturalização do requerente; o documento informando a quantia a ser paga à Secretaria de Estado dos Negócios do Império para a expedição do Diploma do Hábito da Ordem de Cristo.
É possível consultar os documentos, na BN Digital. Visando a resgatar e divulgar a memória do Brasil Império, a série Documentos Biográficos irá apresentar processos de naturalização de estrangeiros integrantes da Coleção Documentos Biográficos da Seção de Manuscritos. A série de textos conta com a colaboração de graduandos em História da UERJ, supervisionados por servidores historiadores. Para saber mais sobre esse e outros documentos, é possível acessar o Guia de Coleções.