Jean Baptiste Debret (1768-1848)
Estudou no Lycée Louis-le-Grand e na Escola de Belas Artes de Paris, foi membro do Instituto de França. Estudou engenharia por cinco anos e participou da construção de fortificações, após a Revolução Francesa. Apesar disso, iria se dedicar e notabilizar na pintura. Após a derrota de Napoleão em 1815, perdeu o apoio que recebia do Estado francês na forma de mecenato. No mesmo período, ele e o arquiteto Grandjean de Montigny foram convidados à participar da missão artística brasileira. A missão foi planejada pelo Conde da Barca, que escrevera ao Marquês de Marialva, embaixador de Portugal em Paris, pedindo-lhe que cuidasse da vinda de uma missão artística que, entre outros objetivos, idealizaria e organizaria a criação de uma Academia de Belas Artes. No Brasil, Debret passaria quinze anos. Em 1831 o pintor volta à França alegando problemas de saúde. Em 1834, Debret iria iniciar a produção de sua grande obra: a Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil, suas impressões sobre o período em que viveu no Brasil. O livro é dividido em 3 tomos: O primeiro é de 1834, e estão representados índios, aspectos da mata brasileira e da vegetação nativa em geral. O segundo tomo é de 1835, e concentra-se na representação dos escravos negros, no pequeno trabalho urbano, nos trabalhadores e nas práticas agrícolas da época. Já o tomo terceiro, de 1839, trata de cenas do cotidiano, manifestações culturais e tradições populares.