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Presença na política, nas ciências e nas letras

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Presença na política, nas ciências e nas letras

Para uma mulher a quem a historiografia atribuiu insegurança, D. Maria foi bem ao contrário. Com pragmatismo, ela manteve as reformas feitas por Pombal no aparelho de Estado, mas “virou-se” na direção de seus apoiadores: a nobreza da terra, a Igreja e o povo. Ela promoveu a compilação das Ordenações Afonsina e Manuelina e publicou as Leis Extravagantes das Ordenações Filipinas. Erigiu novas comarcas e nomeou novos juízes. Nas capitais, ruas ganharam limpeza e iluminação. As dívidas da Coroa foram quitadas. Tratados de comércio foram assinados com a Inglaterra.

A reconstrução de Lisboa pós-terremoto permitiu que a vida cultural despontasse e começaram a ser erguidos os teatros de São Carlos, em Lisboa, e de São João, no Porto. D. Maria não esqueceu as ciências e além de ter fundado Academias, enviou missões à Angola, Moçambique, Cabo Verde e Brasil.

As capitânias Grão Pará, Rio Negro, Cuiabá e Mato Grosso foram trilhadas, entre 1783 a 1792, pelo naturalista baiano, formado em Coimbra, Alexandre Rodrigues Ferreira, resultando na belíssima Viagem Filosófica da qual minerais, plantas, animais e utensílios de povos originários foram enviados para Lisboa com finalidade de estudos científicos. Outro alvo de preocupações de D. Maria foi a economia colonial em crise.

Ela quebrou o monopólio estatal que as companhias de comércio formadas por Pombal detinham no Brasil, e priorizou indústrias caseiras em Portugal. Sem ser adepta do Iluminismo, cujos seguidores perseguiu por heresia, D. Maria soube cuidar com zelo e justiça de seu reino e de seu povo.
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