1988 - Seul
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1988 - Seul
Período: 17 de setembro a 02 de outubro de 1988.
Número de Países: 159.
Número de Atletas: 8391, sendo 2194 mulheres.
Modalidades: atletismo, basquetebol, boxe, canoagem, ciclismo, esgrima, futebol, ginástica, ginástica rítmica, handebol, halterofilismo, hipismo, hóquei sobre a grama, judô, lutas, nado sincronizado, natação, pentatlo moderno, pólo aquático, remo, saltos ornamentais, tênis, tênis de mesa, tiro, tiro com arco, vela, voleibol.
Local: Seul – Coréia do Sul.
Maior medalhista: URSS – 132 no total, sendo 55 de ouro, 31 de prata e 46 de bronze.
Após três edições seguidas de Jogos Olímpicos com grandes boicotes, Seul viu o embate direto das grandes potências União Soviética, Estados Unidos e Alemanha Oriental, vencedoras da maioria das competições.
Tênis e tênis de mesa foram incluídos nos Jogos Olímpicos desse ano.
Os atletas de maior destaque nessa edição foram a nadadora da Alemanha Oriental Kristin Otto, que conquistou seis medalhas de ouro, e o também nadador Matt Biondi, dos EUA, que ganhou sete medalhas, sendo cinco de ouro. A alemã Steffi Graf foi a estrela do tênis feminino.
Infelizmente os Jogos de Seul ficaram marcados por escândalos de doping, sendo o mais famoso deles o que envolveu o corredor canadense Ben Johnson, vencedor da prova dos 100 metros do atletismo e teve sua medalha retirada dois dias depois, quando o exame antidoping acusou resultado positivo. A maioria dos casos envolveu o halterofilismo, e as equipes da Bulgária e da Hungria abandonarem a competição por conta do resultado dos exames.
Esta foi a edição mais assistida da história até aquele momento. O evento contribuiu para o crescimento econômico da Coreia do Sul e para a melhoria da imagem internacional do país, permitindo-o receber nos anos seguintes grandes eventos, como a Copa do Mundo FIFA de 2002. No Brasil, a transmissão dos Jogos foi feita em conjunto pela Rede Bandeirantes, Rede Manchete, SBT e Rede Globo, que, devido ao fuso horário, chegou a manter programação ao vivo 24 horas por dia, algo incomum na época.
A Coréia do Sul construiu duas novas linhas de metrô, reformou a sinalização de trânsito e implementou um sistema de rodízio de veículos durante o evento para evitar congestionamentos. O Aeroporto Internacional de Gimpo foi reformado, quase dobrando sua capacidade anual de passageiros. Diversos espaços públicos com potencial turístico também foram reformados.
O mascote escolhido foi um tigre, animal que simboliza o vigor e o espírito de luta do povo coreano e é parte do folclore do país. Hodori ("tigre menino") foi representado com um colar com os anéis olímpicos e um sangmo, um chapéu tradicional de músicos coreanos. O tigre ainda tinha uma namorada Hosuni, mas que não foi considerada mascote.
O evento não ficou livre dos boicotes mas, apesar dos países do bloco socialista e dos EUA terem participado, Cuba, Coreia do Norte, Nicarágua e Etiópia não enviaram delegações a Seul.
A tocha olímpica entrou no estádio conduzida por Sohn Kee-chung, campeão olímpico da maratona nos Jogos de Berlim 1936, que entregou a tocha a Im Chun-ae, campeã do salto triplo nos Jogos Asiáticos de 1986. Ela deu uma volta na pista de atletismo e entregou a tocha a Kim Won-Tak, Chung Sun-Man e Sohn Mi-Chung, três jovens atletas sul-coreanos. Uma estrutura os suspendeu até a pira de 22 metros de altura e eles a acenderam. Um dos maiores incidentes da história olímpica ocorreu neste momento, quando várias das pombas que haviam sido soltas minutos antes estavam pousadas na pira e foram incineradas.
Naim Süleymanoğlu, nascido na Bulgária e naturalizado turco, dominou a categoria até 60 kg do halterofilismo. Considerado bem baixo, com apenas 1,54 metro de altura, ele quebrou vários recordes mundiais e alcançou um resultado suficiente para conquistar a medalha de ouro até mesmo na categoria de peso acima da sua.
A União Soviética ficou com o ouro na competição masculina por equipes da ginástica com sete notas 10, a maior possível.
Anthony Nesty tornou-se o primeiro medalhista olímpico do Suriname ao vencer os 100 metros costas da natação.
Um fato inédito envolvendo mulheres foi a composição do pódio do adestramento individual no hipismo, que, pela primeira vez na história olímpica, não teve presença masculina, algo que se tornaria comum nas edições seguintes.
Um grande e comovente ato de espírito olímpico envolveu o velejador canadense Lawrence Lemieux, da classe Finn. Ele estava prestes a conquistar a medalha de prata quando abandonou a prova para ajudar a dupla de Cingapura da classe 470 (as duas classes dividiam a raia), que estava se afogando pois as águas agitadas haviam virado o barco. Após o resgate, ele voltou à prova e terminou apenas na vigésima segunda posição. Esse ato fez com o que o COI o condecorasse com a medalha Pierre de Coubertin, honraria máxima do espírito esportivo em Jogos Olímpicos.
Um episódio atrapalhado ocorreu no boxe, para o qual foram montados dois ringues, um ao lado do outro. O gongo de um ecoava sobre o outro, confundindo os atletas. Um incidente que ganhou notoriedade envolveu o embate entre o americano Todd Foster e o sul-coreano Chun Jin-Chul, que escutou o gongo do outro ringue e parou pensando ser uma advertência em sua luta. Foi nocauteado pelo americano e, só depois de muita discussão, o combate foi anulado, pra ser realizado outra vez, com vitória de Foster.
O nadador soviético Vladimir Salnikov foi o grande nome das provas de 1500 metros entre 1977 e 1986. Em Seul, já era considerado um atleta em declínio, em fim de carreira, mas foi uma grande surpresa, vencendo a prova e levando o ouro olímpico.
Uma das estrelas dessa edição foi a velocista americana Florence Griffith-Joyner, tanto pelo talento, que lhe garantiu 4 medalhas (3 de ouro e uma de prata), quanto pelo visual ousado, ostentando unhas bem compridas e coloridas.
Um incidente ao mesmo tempo trágico e feliz ocorreu nas piscinas, durante a competição de saltos ornamentais. O saltador americano Greg Louganis bateu a cabeça no trampolim e tingiu a piscina de sangue. Após receber cinco pontos na cabeça e fazer um curativo, retornou à prova, saltou e venceu, conquistando a medalha de ouro.
A derrota dos EUA para a URSS no basquete masculino, fez com que os americanos tivessem de amargar uma medalha de bronze, enquanto os soviéticos conquistaram o ouro. O terceiro lugar foi considerado humilhante e isso levou os EUA a convocar uma das melhores seleções já vistas para a edição seguinte em Barcelona: o famoso Dream Team.
O judoca brasileiro Aurélio Miguel deu continuidade à tradição de medalhas para o judô do país, conquistando o ouro na categoria meio-pesado.
O jogador de futebol Romário, em fase inicial da carreira, despontava na seleção brasileira, se consagrando como o artilheiro do torneio, embora o Brasil tivesse de se contentar com a medalha de prata na final com a URSS. Jogando junto com o “baixinho”, outra estrela começava a brilhar: a do goleiro Taffarel. Mais tarde os dois seriam campeões na Copa do Mundo FIFA de 1994 nos EUA.
O Brasil também foi medalhista no atletismo, novamente com Joaquim Cruz, dessa vez com a prata na prova dos 800m e com Robson Caetano, conquistando o bronze nos 200m rasos.
Mais uma vez a vela conferiu medalhas ao Brasil, com Torben Grael e Nélson Falcão conquistando o bronze na classe star e seu irmão Lars Grael conquistando outro bronze na classe tornado ao lado de Clínio de Freitas.
GAZETA