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Projeto Resgate Barão do Rio Branco

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Coleção cartográfica e iconográfica do AHU

A Coleção Cartográfica do Arquivo Histórico Ultramarino - Portugal (IICT) com cerca de 900 peças manuscritas é composta de acervos de cartografia e iconografia, totalizando quinhentos e setenta e cinco documentos manuscritos, desde o século XVII até o início do século XIX, relativos ao Brasil. Esses desenhos cartográficos e iconográficos, outrora, anexados aos requerimentos, cartas, ofícios e outros tipos de documentos, constituem importantes testemunhos para a análise da história do Brasil Colonial, com particularidades espaciais na sua configuração territorial.

O Catálogo Coleção Cartográfica e Iconográfica Manuscrita do Arquivo Histórico Ultramarino do Projeto Resgate Barão do Rio Branco contém, referente ao acervo cartográfico, um total de trezentos e treze documentos e está constituído de trezentos e três mapas, cinco vistas, um roteiro e quatro perfis. São mapas de levantamentos geográficos, cartas cadastrais, hidrográficas, sesmarias, planos de portos, roteiros, vistas panorâmicas, plantas de cidade, aldeias indígenas, vilas e mapas de capitanias. São exemplos dessa documentação:

– conjunto de cartas produzidas, de acordo com as longitudes, pelos padres matemáticos Domingos Capacci e Diogo Soares, que tinham a incumbência de fazer o levantamento do território brasileiro e elaborar o mapa do Brasil;

– cartas de defesa da Baía de Guanabara, Baixada Santista, Belém e da costa das regiões Nordeste, Sul e Centro-Oeste elaboradas por cartógrafos e engenheiros renomados como João Teixeira Albenaz I, Jacques Funck, Gaspar João Geraldo de Gronsfeld e outros.

– cartas hidrográficas do rio Amazonas, Negro, Tietê, como a carta de navegação pelo rio Amazonas de Pedro Teixeira, elaborada por Bento da Costa, cartas de levantamento do rio Negro feita pelos integrantes da quarta divisão da comissão de demarcação de fronteiras do Tratado de Santo Ildefonso, Manuel da Gama Lobo de Almada e José Simões de Carvalho;

– carta da Capitania de São Paulo, solicitada pelo governador Luís Antônio de Sousa Botelho Mourão -o Morgado de Mateus;

– cartas sobre as riquezas minerais encontradas na Bahia, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso;

– plantas referentes às aldeias, que foram intensificadas no processo de secularização dos aldeamentos missionários em vilas de administração civil, durante o período pombalino;

– cartas que indicam tribos indígenas, algumas extintas, e quilombos destruídos;

– plantas de áreas geográficas que desapareceram em vista da construção de usinas hidroelétricas como a cidade de São João Marcos, inundada para a ampliação da hidroelétrica que abastecia a cidade do Rio de Janeiro, na época capital federal, e o desaparecimento do Salto de Itapura no Rio Tietê;

– mapas de locais, cuja povoação foi removida para outra área, um exemplo destes foi o Município de Amaro Leite, no Estado de Goiás, cuja sede foi transferida para as proximidades da rodovia BR-153, passando a se chamar Mara Rosa;

– cartas sobre demarcações de fronteiras;

– mapas que descrevem ou indicam as unidades militares; e

– mapa da Capitania de Goiás com ilustração de uniformes militares de diferentes graus de hierarquia militar do período colonial.

No que tange à documentação iconográfica do Catálogo, existem duzentos e sessenta peças, sendo a maior parte plantas de fortificações, além de desenhos de alçados e plantas arquiteturais de igrejas, conventos, alfândegas, câmaras, prisões, quartéis, cemitérios, barcos, casas dos contos e dos governadores. Estão incluídos também nessa documentação dois cadernos de desenhos da Aula Militar da Bahia – um possui vinte e oito desenhos técnicos e seis plantas e o outro seis folhas de traçados iconográficos. Dentre essa documentação iconográfica encontram-se os alçados e as plantas arquitetônicas de Antônio José Landi, que veio ao Brasil para integrar a Comissão de Demarcação de Fronteiras na Região Norte. Ao retornar de Barcelos, antiga Mariuá, capital da Capitania do Rio Negro, exerceu trabalhos de arquiteto e construtor no Pará. Outros exemplos são as plantas arquitetônicas do Aqueduto da Carioca, além de desenhos de fortificações, hospitais, igrejas que não foram concretizados.

Com relação às fortificações, existem cento e seis desenhos iconográficos e quarenta e cinco documentos cartográficos relativos às plantas das fortificações e defesa de sítios, totalizando cento e cinquenta e um trabalhos.

Na organização do catálogo seguiram-se as normas do “Código de Catalogação Anglo-Americano” para as descrições catalográficas e as “Normas técnicas para transcrição e edição de documentos manuscritos” para as transcrições dos documentos cartográficos e iconográficos nas notas catalográficas.

Os registros catalográficos estão dispostos por ordem geográfica, iniciando-se pelos mapas que abrangem uma boa parte do Brasil e/ou documentos iconográficos não identificados pela área geográfica. Em seguida, optou-se pela ordem geográfica que corresponde às atuais Regiões Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste, colocando-se por último as referências da antiga colônia portuguesa, situada no Uruguai – Nova Colônia do Sacramento. Depois, dentro de cada região, fez-se a ordenação seguindo o nome das capitanias, e prosseguiu-se pela sequência cronológica e alfabética por autor ou título dos registros catalográfios. Foram incluídas legendas, constando de assunto, tipo de documento e data, ao alto de cada registro, para maior visibilade das referências. Acrescentaram-se, também, índices onomástico, toponímico, temático e de títulos para melhor recuperação dos documentos. Quanto ao índice topomímico acrescentou-se os subcabeçalhos mapa, vista e iconografia para uma clara distinção entre os documentos.

CONTEÚDO DO CATÁLOGO – Verbetes-resumos, mapas, iconografias e índices:

BRASIL
CAPITANIAS
•    REGIÃO NORTE
Rio Negro
Pará
•    REGIÃO NORDESTE
Maranhão
Piauí
Ceará
Paraíba
Pernambuco
Alagoas
Sergipe
Bahia
•    REGIÃO SUDESTE
Espírito Santo
Minas Gerais
Rio de Janeiro
São Paulo
•    REGIÃO SUL
Santa Catarina
Rio Grande do Sul
•    REGIÃO CENTRO-OESTE
Mato Grosso
Goiás

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. Onomástico
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