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Egito

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Egito


Os povos estabelecidos às margens do rio Nilo, por volta do ano 5000 a. C., desenvolveram a primeira civilização conhecida da história da humanidade. O conhecimento do Egito acumulado pelo imperador D. Pedro II desde cedo foi posto à prova – e consolidado – por ocasião de suas viagens àquelas terras, em novembro de 1871 e entre dezembro de 1876 e janeiro de 1877.


A invasão do Egito por Napoleão Bonaparte (1798) e a decifração da escrita egípcia, os hieróglifos, por Jean-François Champollion (1822) representaram dois momentos marcantes no desenvolvimento da Egiptologia, que era acompanhada com vivo interesse pelo imperador D. Pedro II. Seu pai, D. Pedro I, ordenou a aquisição, em 1826, do acervo que originou a mais antiga coleção egípcia das Américas e também a maior da América Latina, hoje sob a guarda do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro.


Na primeira viagem de D. Pedro II ao Egito, o imperador travou relações com o egiptólogo francês François-Auguste Ferdinand Mariette. Conhecido como Mariette-Bey, ele coordenou, junto com o egiptólogo alemão Heinrich Karl Brugsch, diversas escavações que descobriram milhares de objetos. Mais à frente, Mariette fundou o Serviço de Antiguidades do Egito e o Museu de Bulaq – hoje, o Museu Egípcio do Cairo. Já Brugsch assumiu a direção da Biblioteca do Instituto de Alexandria. Ambos tornaram-se amigos e correspondentes de D. Pedro II.


O fascínio pelo Oriente Médio era grande naquele período e as expedições fotográficas, frequentes. O comércio das “imagens topográficas” floresceu, conciliando a paisagem com a arquitetura. Surgiram também os livros fotográficos, que uniam a literatura e a fotografia – a expedição fotográfica de Maxime Du Camp ao Egito, iniciada em 1849, contou com a companhia do jovem escritor Gustave Flaubert.