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A leitura como um ato de amor, social e emancipador, nos possibilita ler o mundo, além das palavras, como destaca Paulo Freire (2017). Ler viabiliza inúmeras vantagens como por exemplo, compreensão melhor do mundo, aumento de vocabulário, acesso a diferentes lugares e cenários, aumento da criatividade, estímulo do imaginário, melhoria da escrita, aquisição e aumento de conhecimento e vivências.

A literatura auxilia no processo de compreensão da dinâmica do mundo: ela pode e deve ser utilizada também como instrumento de combate ao racismo, dentro e fora das escolas.

De maneira geral, atuar de forma antirracista é primeiro trazer para si a compreensão de que o Brasil é um país racista que não se assume racista, compreendendo aqui o racismo como um sistema de opressão estrutural (Almeida, 2019).

O racismo, como um sistema opressivo, estruturalmente desumaniza, inferioriza, nega direitos, invisibiliza, constrange, destrói e mata. Partindo dessa constatação e compreensão, as pessoas devem pensar, estudar, refletir e atuar de forma a aniquilar o racismo, nas suas mais variadas apresentações e ramificações, pois trata-se de um sistema dinâmico de vida, incrustado em nossa sociedade.

Sobre antirracismo, Ribeiro (2019) apresenta um trabalho primoroso, de fácil acesso e linguagem simples que aborda o que é o antirracismo e de que forma as pessoas podem atuar de maneira antirracista na sociedade.

A prática antirracista se faz em atuar de forma diferente da estrutura imposta, é trazer para nossa prática as histórias não contadas – silenciadas; enaltecer personalidades apagadas; sistematizar e utilizar metodologias diferentes de ensino; conhecer e divulgar as tecnologias ancestrais que estimulam e fomentam o desenvolvimento da sociedade;  denunciar práticas racistas; fazer uso de literatura antirracista dentro e fora da escola, sobretudo, a literatura com protagonismo infantil negro - por exemplo, já na primeira infância.