Uma Nova Perspectiva
Em 1933, Caio Prado publica a obra Evolução política do Brasil, na qual utiliza o materialismo dialético como chave de interpretação científica para o entendimento do passado brasileiro. Nessa obra ele elabora uma leitura dos fatos sociais que condicionaram o destino do país, jogando luz sobre a “revolução conservadora” que se operou em nossa independência.
Além de ser pioneiro na aplicação do marxismo para interpretar o passado colonial brasileiro, Caio Prado passa a criticar as formas de se fazer história no Brasil até aquele momento. Para ele, como vemos em correspondência enviada a Nelson Werneck Sodré, o ofício do historiador deveria afastar-se da crônica literária de louvor a alguns poucos indivíduos, prática dominante entre os historiadores brasileiros. Sua proposta era justamente “mostrar, num livro ao alcance de todo mundo, que também na nossa história os heróis e os grandes feitos não são heróis e grandes senão na medida em que acordam com os interesses das classes dirigentes, em cujo benefício se faz a história oficial” (p. 7)
Em 1933, Caio Prado publica a obra Evolução política do Brasil, na qual utiliza o materialismo dialético como chave de interpretação científica para o entendimento do passado brasileiro. Nessa obra ele elabora uma leitura dos fatos sociais que condicionaram o destino do país, jogando luz sobre a “revolução conservadora” que se operou em nossa independência.
Além de ser pioneiro na aplicação do marxismo para interpretar o passado colonial brasileiro, Caio Prado passa a criticar as formas de se fazer história no Brasil até aquele momento. Para ele, como vemos em correspondência enviada a Nelson Werneck Sodré, o ofício do historiador deveria afastar-se da crônica literária de louvor a alguns poucos indivíduos, prática dominante entre os historiadores brasileiros. Sua proposta era justamente “mostrar, num livro ao alcance de todo mundo, que também na nossa história os heróis e os grandes feitos não são heróis e grandes senão na medida em que acordam com os interesses das classes dirigentes, em cujo benefício se faz a história oficial” (p. 7)