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O BRASIL POR AUTORES IRLANDESES

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O BRASIL POR AUTORES IRLANDESES

 

Há pelo menos cerca de vinte relatos sobre o Brasil por autores irlandeses, desde a descrição detalhada do Rio de Janeiro por John White, cirurgião-chefe da chamada “Primeira Frota”, até a Austrália, no final do século XVIII, aos diários da Amazônia de Roger Casement, no início do século XX.

No Brasil do século XIX, em especial, merecem destaque os seguintes autores:

Robert Walsh (1772-1852), nascido em Waterford, foi capelão anglicano da missão britânica no Rio de Janeiro por oito meses (setembro de 1828 a maio de 1829). Seu livro, Avisos do Brasil em 1828 e 1829 (2 vols., 1830), é um dos relatos mais interessantes sobre o país nos anos seguintes à independência de Portugal. O livro também investiga a insurreição de 1828 de mercenários irlandeses e alemães.

William Scully (1821-1885), nascido no condado de Tipperary, foi proprietário e editor do semanário Anglo-Brazilian Times por quase vinte anos (1865-1884). Seu livro, Brasil, suas províncias e principais cidades (1866, 2a. ed. 1868), é essencialmente um prospecto para investidores e um guia para emigrantes britânicos e irlandeses com destino ao Brasil.

Michael Mulhall (1836-1900), nascido em Dublin, foi cofundador, em 1861, e coeditor do Buenos Ayres Standard, o primeiro jornal diário em língua inglesa publicado na América do Sul. Escreveu dois livros após visitas ao Brasil: Rio Grande do Sul e suas colônias alemãs (1873) e Viagem a Mato Grosso (1879). Ele também publicou (com seu irmão Edward T. Mulhall) Handbook of Brazil (1877), um guia, província por província, destinado a investidores e outros com interesses comerciais no Brasil.

Marion M. Mulhall, nascida Murphey (1847-1922), em Balbriggan, norte de Dublin, acompanhou o marido em ambas as visitas ao Brasil. Foi autora de From Europe to Paraguay and Matto-Grosso (1877) e Between the Amazon and the Andes (1881). Sua descrição do Rio Grande do Sul inclui observações sobre imigrantes alemães, irlandeses e galeses naquela província.