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COLONOS IRLANDESES

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COLONOS IRLANDESES

 

De acordo com Joyce Lorimer, em seu livro English and Irish Settlement on the River Amazon – 1550-1646 (Colônia inglesa e irlandesa no rio Amazonas – 1550-1646), “por volta de 1612, os irmãos Philip e James Purcell estabeleceram uma colônia no Forte de Tauregue, na foz do rio Amazonas. Os colonos auferiram grandes lucros com tabaco, corantes e madeiras nobres. Mais tarde, Bernardo O’Brien, do condado de Clare, construiu um forte na margem norte do Amazonas e batizou o local de Coqueiral”. A primeira língua de O’Brien e seus compatriotas na Amazônia era o irlandês.

Em 1828, no Rio de Janeiro, mercenários irlandeses recrutados pelo exército imperial para apoiar o Brasil no conflito com a Argentina participaram de uma revolta. Como resultado dessa revolta, 100 famílias irlandesas foram expulsas e enviadas de navio para fundar uma colônia agrícola em Ilhéus, na Bahia.

Após a Grande Fome na Irlanda, Pe. T. Donovan conduziu cerca de 300 emigrantes de Wexford para Monte Bonito, perto de Pelotas, na então província do Rio Grande (do Sul). As atividades da Colônia Agrícola Dom Pedro II (1852-1868) estão bem documentadas em três livros-caixa na Biblioteca Municipal de Pelotas, detalhando atas de reuniões, movimentações de caixa e fornecimento de material pela então prefeitura local. Quando a colônia se desfez, a maioria de seus membros foi para a Argentina ou para o Uruguai.

Agentes do governo brasileiro na Inglaterra e nos Estados Unidos promoveram ativamente a emigração para uma colônia próxima a Brusque, Santa Catarina: a Colônia Príncipe Dom Pedro (1867-1870). 246 irlandeses foram recrutados nas ruas de Nova York. Segundo William Scully, escrevendo no Anglo-Brazilian Times (1870), uma das principais razões pelas quais a colônia não prosperou foi a inadequação das terras agrícolas oferecidas.