BNDigital

Publicações Seriadas: História, Memória e Documentos

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1940 - 1949

1941 – Continua a transferência dos jornais da ala esquerda para a ala direita do edifício. São iniciados, em agosto, os trabalhos para instalação da Seção de Consulta de jornais e revistas no térreo da Seção, para melhorar a comodidade do público e a fiscalização das consultas. Desde 1937, o salão de consulta pública da 4ª seção estava funcionando em comum com a seção de Manuscritos.

1942 – Relatório do chefe da seção, João Carlos Moreira Guimarães, alerta para as dificuldades causadas pela falta de pessoal, carência de espaço e material necessário para acomodação dos periódicos que “se acumulam nas galerias, corredores, salas e demais dependências da seção”.  Cerca de 40 mil volumes de jornais e mais um grande número de revistas e outros periódicos estão dispersos e amontoados pelas galerias e corredores. Solicita a aquisição de carros com rodas de borracha (que façam menos barulho que os atuais) e de fichários para registro e catálogo.
 
1944 – A Seção de Periódicos passa a pertencer à Divisão de Consulta, através da aprovação do Regimento da Biblioteca Nacional pelo Decreto n. 16.167, de 24 de julho de 1944. O artigo 16 define as competências da seção:

I - organizar e manter atualizadas as coleções que constituem o acervo da Seção, tais como: jornais, revistas, boletins, anuários e quaisquer outras publicações periódicas;
II - selecionar os tipos de periódicos que devem ser adquiridos pela B.N. e reclamar os números atrasados;
III - manter em reservado os exemplares considerados preciosos;
IV - promover o índice topográfico dos periódicos correntes, ainda não encadernados;
V - organizar o índice geográfico dos periódicos existentes na Seção;
VI - promover a reprodução em microfilmes dos números de jornais e periódicos que faltem nas coleções da B.N.;
VII - franquear ao público a consulta e a leitura de periódicos correntes e dos que já constituem volumes encadernados e com essa finalidade manter locais especiais para os catálogos, referência, leitura pública, obras raras, estudos especiais e microfilmes;
VIII - encaminhar à D.P. o material bibliográfico destinado a serviços próprios de encadernação e restauração;
IX - orientar o público no uso dos catálogos e das coleções da Seção e prestar-lhe a assistência necessária em estudos e pesquisas;
X - promover a publicidade das atividades da Seção e divulgar, sob diversas formas, as suas coleções.

Alguns serviços internos de Periódicos passaram para a Seção de Aquisição: entrada de periódicos e seus registros e demais providências relativas.
 
1946 – A Seção de Periódicos passa a se chamar Seção de Publicações Periódicas, subordinada à Divisão de Circulação, com o Decreto-lei 8.679, de 18 de janeiro de 1946.
São instalados 6 grupos de estantes de aço no 3º pavimentos dos armazéns destinados a periódicos estrangeiros que antes ficavam no chão. O salão de leitura é remodelado e passa a funcionar no térreo, com substituição das carteiras individuais por mesas amplas, redondas ou quadradas, para 4 e 6 leitores, em madeira de jacarandá. Revistas e jornais selecionados são postos no salão de leitura à disposição do público para manuseio imediato, sem necessidade de pedido prévio. A falta de pessoal acarreta um acúmulo de trabalho e desde 1929 se amontoavam, como foram entregues, os jornais e revistas do interior e do estrangeiro.
 
1947 – Zilda Galhardo de Araújo assume a chefia do setor.
Nessa época, a atualização do acervo de periódicos da capital era feito ainda por um funcionário que percorria diariamente, e às vezes duas vezes por dia, as redações dos jornais para buscar as edições saídas. O relatório de Zilda Galhardo de Araújo, chefe do setor, alerta para a necessidade urgente de microfilmagem de algumas coleções, principalmente os primeiros anos de jornais como Jornal do Commercio, O Paiz e Diário do Rio de Janeiro, muito deteriorados. Seguem as reclamações de falta de pessoal e, principalmente, de espaço, que obriga a empilhar publicações novas em mesas ou no chão. A solução sugerida seria a construção de mais três andares de armazém.
 
1948 – É realizada a substituição dos pendentes antigos de luz da sala de leitura por armações fluorescentes. A admissão de quatro serventes permitiu impulsionar o trabalho de limpeza e organização em pastas dos jornais dos Estados que estavam empilhados nas galerias desde 1922. Porém, os funcionários são constantemente requisitados por outras seções, causando “prejuízo enorme” para o serviço normal da seção.
 
1949 – O setor passa a dar acesso aos jornais diários, o que foi possível pela arrumação em pastas e encadernação anual (antes o acesso era só 2 ou 3 anos após a publicação). Todos os jornais empilhados no 1º andar foram colocados em pasta (num total de 1432 pastas). A vigilância do salão de leitura de livros passa a ser encargo da seção de Periódicos.

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