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Jornais, pasquins e panfletos: a imprensa política em tempos imperiais

No tempo em que o Brasil se via às portas da Independência – e mesmo logo em seguida, recém-independente –, o dia a dia na política nacional era turbulento. Ao passo em que a máquina imperial engrenada por Dom Pedro I, entre muitos solavancos, impunha e forjava certo projeto de Brasil, fazer situação ou oposição aos rumos que a agora ex-colônia ia tomando não era coisa para qualquer aventureiro. Quem pretendia botar um dedo nos assuntos públicos normalmente começava escolhendo um lado, pró ou contra o recém-fundado Império, e lançando um jornal; daqueles informativos/opinativos, ditos “respeitosos”, ou da espécie dos pasquins, irônicos, satíricos e desbocados. Engana-se o leitor que pensa que os últimos eram exclusivamente os contrários ao governo: rumores davam conta de que textos do punho do próprio imperador – colaborador eventual de determinados jornais áulicos – lançavam na imprensa impropérios em nome do sacro combate ao liberalismo, dando eco à pregação de outras figuras recorrentes na imprensa governista. Abaixo veremos alguns exemplos desses jornais, de diferentes colorações políticas, dos mais e dos menos desbocados.

Revérbero Constitucional Fluminense – Rio de Janeiro, 1821
Em 1821, quando foi extinta a proibição de circulação de impressos que não fossem da Impressão Régia na colônia, o Revérbero Constitucional Fluminense foi um dos primeiros panfletos periódicos a surgir, e em oposição ao domínio português. Apontado como o órgão doutrinário da Independência do Brasil, tinha inclinação francamente liberal. Era editado por Joaquim Gonçalves Ledo e Januário da Cunha Barbosa, ambos maçons. Entre 15 de setembro de 1821 e 8 de outubro de 1822, o tempo de vida total da publicação, ambos imprimiram em suas páginas a defesa de um projeto político nacionalista, visando uma monarquia constitucional brasileira independente de Portugal, ou ainda, em suas palavras, “um governo liberal e permanente, regulado por leis fixas e bebidas na natureza”.

Saiba mais em:
Revérbero Constitucional Fluminense: um jornal da independência.


Revérbero Constitucional Fluminense, um dos primeiros panfletos periódicos a surgir após a extinção da proibição de circulação de impressos que não fossem da Impressão Régia, em 1821

Semanário Cívico – Salvador, 1821
Até o retorno da Corte portuguesa do Brasil para a Europa, em 1821, havia a proibição de circulação de impressos que não fossem da Impressão Régia na colônia. Nesse contexto, nos últimos momentos da censura, surgiu, em Salvador da Bahia, o Semanário Cívico, que veio a lume a partir de 1º de março daquele ano, por iniciativa do comerciante português José da Silva Maia. Fazendo coro com Idade d’Ouro do Brazil às vésperas da Independência, o periódico era conservador até os ossos, totalmente favorável ao domínio colonial lusitano – nesse sentido, bateu-se em polêmica feroz contra o Revérbero Constitucional Fluminense, órgão liberal considerado o bastião doutrinário do processo de libertação do Brasil, e aqui já apresentado.

Saiba mais em:
Semanário Cívico – o inimigo luso-baiano da independência.


Semanário Cívico, 1821. Periódico conservador, favorável ao domínio colonial lusitano

Os pasquins de José da Silva Lisboa
José da Silva Lisboa, o visconde de Cairú, sempre teve grande prestígio frente à coroa, no que se tratava de sua oratória. Quando, entre 1808 e 1821, apenas impressos da Impressão Régia tinham permissão de circular, a casa editora real era dirigida por uma junta composta por ele, José Bernardes de Castro (oficial da Secretaria de Estrangeiros e de Guerra) e Mariano José Pereira da Fonseca; o trio deveria se certificar de que nada atentando contra a religião, o governo ou os “bons costumes” fosse impresso. Muito conservador, antes da aclamação do imperador, no entanto, Lisboa repudiava a emancipação brasileira, ridicularizando a elevação da colônia a estado, embora não fizesse coro a todas as ordens impostas pelas Cortes de Lisboa. Durante o Primeiro Reinado, o visconde foi um dos mais destacados – se não o maior, certamente o mais prolífico – editores de periódicos panfletários efêmeros a favor da política absolutista de Dom Pedro I.

Saiba mais em:
O Conciliador do Reino Unido
Sabbatina familiar de amigos do bem comum 
Reclamação do Brasil 
Atalaia 
Triumpho da Legitimidade Contra Facção de Anarquistas 
Honra do Brasil Desafrontada de Insultos da Astréa Espadaxina 


O Triumpho da Legitimidade Contra a Facção de Anarquistas, lançado em 1825 para fazer propaganda da campanha brasileira na disputa pela posse da província Cisplatina

Correio do Rio de Janeiro – Rio de Janeiro, 1822
Lançado por João Soares Lisboa na Corte brasileira em 10 de abril de 1822, com o fim da proibição de impressos que não fossem da Impressão Régia e com o Brasil a pleno processo de Independência, o Correio do Rio de Janeiro foi um jornal de inclinação política liberal, na mesma vibração que o Revérbero Constitucional Fluminense, A Malagueta, a Sentinella da Liberdade e O Typhis Pernambucano. Muito por isso, apesar de ter sido uma folha aguerrida em prol da libertação brasileira de Portugal, acabou enfrentando problemas com a censura imposta à imprensa no início do reinado de Dom Pedro I, sendo temporariamente suspensa após a publicação de sua edição de 22 de outubro de 1822. Voltando a lume somente em 1º de agosto de 1823, em contexto político tão conturbado quanto o do ano anterior, acabou sendo extinto por pressão das autoridades depois de publicar sua edição de 24 de novembro de 1823. Primeiro a levantar a ideia de que o recém-criado Império do Brasil deveria convocar uma Assembleia Constituinte, o Correio do Rio de Janeiro teve papel chave na opinião pública e no estabelecimento de políticas de Estado na ex-colônia, que tateava a recente autonomia em relação à metrópole.O editor do Correio do Rio de Janeiro, que se dizia admirador de Cipriano Barata, atingia mesmo a categoria de líder popular na defesa da emancipação política brasileira.

Saiba mais em:
Correio do Rio de Janeiro


Correio do Rio de Janeiro, de inclinação liberal, lançado em 1822

O Sylpho – Periodico fluminense – Rio de Janeiro, 1823
Lançado a 6 de agosto de 1823 no Rio de Janeiro (RJ), onde circulou somente até sua 26ª edição, de 1º de novembro do mesmo ano, O Sylpho foi um pasquim liberal moderado editado sob o contexto da Independência do Brasil. Foi editado por amigos maçons de Joaquim Gonçalves Ledo e Januário da Cunha Barbosa, ex-editores do Revérbero Constitucional Fluminense, fechado um ano antes, com o primeiro sendo obrigado a fugir do Brasil. Após a Independência, pela qual haviam lutado neste jornal, Gonçalves Ledo, Januário da Cunha e seus companheiros haviam caído imediatamente na “Bonifácia”, processo de espionagem, delações e condenação de figuras públicas encabeçado por José Bonifácio, que julgava os liberais não só como demagogos, mas como "anarquistas". De certa forma, O Sylpho foi um periódico de defesa aos liberais perseguidos pelo recém-criado Império brasileiro – vindo a comemorar, em suas páginas, a anistia dos mesmos, já em 1823. O pasquim deixou de circular assim que isso aconteceu, já que perdia, na ocasião, sua função. Entre outras questões políticas internas, O Sylpho tratou, ao longo de suas edições, de apoiar o processo de Independência sem deixar de clamar pela necessidade de uma Constituição para o recém-nascido Império, documento que só apareceria em 1824.

Saiba mais em:
O Sylpho – Periodico fluminense


O Sylpho foi um periódico de defesa aos liberais perseguidos pelo recém-criado Império brasileiro

O Tamoyo – Rio de Janeiro, 1823
O periódico O Tamoyo, lançado no Rio de Janeiro (RJ) em 12 de agosto de 1823, foi intrínseco ao processo de Independência do Brasil. Fundado pelo estadista José Bonifácio de Andrada e Silva, então recentemente afastado do cargo de ministro do Reino e dos negócios estrangeiros, o jornal tinha função de defender a figura de seu dono, bem como de sustentar seu irmão, Antônio Carlos Ribeiro de Andrada Machado e Silva, e demais figuras ligadas à dupla. Dado o complexo e turbulento contexto político que deu início ao Primeiro Reinado, o órgão impresso era mais do que necessário aos Andradas, sobretudo pelos ataques que recebiam do articulista português João Soares Lisboa, o redator do áulico Correio do Rio de Janeiro.

Saiba mais em:
O Tamoyo, um empreendimento andradino


O Tamoyo, fundado por José Bonifácio de Andrada e Silva, marcou a entrada dos irmãos Andradas na oposição ao governo

Diario Fluminense – Rio de Janeiro, 1824
O Diário Fluminense foi o principal jornal oficial da coroa naquele momento, até sua extinção, em 24 de abril de 1831, pouco depois da abdicação de Dom Pedro I. Era basicamente um órgão de defesa de Dom Pedro I e do governo em geral. Sua existência era vista pela coroa como necessária, sobretudo após as instalações da Assembleia Geral, do Senado e da Câmara, a 6 de maio de 1826, que possibilitaram o crescimento de uma imprensa liberal de oposição – moderada ou “exaltada”, conforme eram chamados os mais revolucionários desse grupo –, extremamente crítica ao absolutismo em vigor. Foi dirigido e redigido por Manuel Ferreira de Araújo Guimarães desde o começo até 30 de abril de 1830, quando passou a ser comandado por Januário da Cunha Barbosa, o antigo panfletário do Revérbero Constitucional Fluminense, que o editaria até o fim. O Diário Fluminense veio de uma linhagem de folhas oficiais que, de certa forma, termina no atual Diário Oficial da União.

Saiba mais em:
Diário Fluminense


Diário Fluminense, principal jornal oficial do  governo durante o Primeiro Reinado

A Estrela Brasileira e O Spectador Brasileiro – jornais de Pierre Plancher
Surgidos respectivamente a 20 de outubro de 1823 e 28 de junho de 1824, A Estrela Brasileira e O Spectador Brasileiro foram os primeiros jornais publicados no Brasil pelo livreiro e tipógrafo francês Pierre René François Plancher de La Noé. Tendo circulado no Rio de Janeiro (RJ), foram órgãos panfletário, polêmicos, nacionalistas, conservadores e, sobretudo, defensores de Dom Pedro I, recém-aclamado imperador brasileiro. Tendo participado de inúmeros debates na imprensa, de acordo com as principais polêmicas nacionais do momento, posicionavam-se ao lado do oficial Diario Fluminense, combatendo folhas liberais em geral, rivalizando especialmente com a Astrea. O Spectador foi mais longevo: durou até 23 de maio de 1827. No mesmo ano de sua extinção, no entanto, Plancher já havia lançado, em abril, L’Independant, o primeiro jornal francófono brasileiro; a partir de outubro, ademais, o tipógrafo se engajaria na impressão do longevo Jornal do Commercio, onde deixaria de lado questões políticas para se dedicar ao tema da economia.

Saiba mais em:
A Estrela Brasileira – independance et verité 
O Spectador Brasileiro 


A Estrela Brasileira, pasquim de curta existência editado para promover a política do regente no processo de Independência do Brasil, que se estendeu de 1821 a 1825


O Spectador Brasileiro, órgão panfletário, polêmico, nacionalista e defensor de Dom Pedro I

O Farol Paulistano – São Paulo, 1827
Ao passo em que o surgimento da imprensa no Brasil só foi possível com a vinda da família real portuguesa para a então colônia, em 1808, o início da imprensa na província de São Paulo, particularmente, se relacionou com a Independência. Lançado a 7 de fevereiro de 1827, O Farol Paulistano foi o primeiro jornal periódico paulista. Como seu próprio nome indicava – um objeto que ilumina, esclarece –, o jornal é até hoje lembrado pela historiografia como um importante instrumento de mobilização e debate político – algo frutífero numa democracia, mas problemático frente aos arroubos autoritários de um recém-nascido Brasil. A folha foi defensora das ideias do chamado “grupo moderado” dos liberais durante o Primeiro Reinado e o início do Período Regencial. Antiabsolutista, defendia radicalmente os princípios monárquico-constitucionais contra o despotismo, fazendo, assim, forte oposição a Dom Pedro I.

Saiba mais em:

O Farol Paulistano: além de iluminado, pioneiro.

Legenda: O Farol Paulistano, primeiro jornal periódico paulista, defendia os princípios monárquico-constitucionais.

O Analista – Rio de Janeiro, 1828
Veiculado em pequeno formato, O Analista foi um jornal bissemanal criado no Rio de Janeiro (RJ) em 1828, publicado a partir do dia 5 de agosto deste ano. Foi um dos periódicos governistas lançados para combater pasquins liberais que circulavam na capital imperial antes da abdicação de Dom Pedro I. Como era comum na imprensa da época, trazia em sua capa uma epígrafe, com dizeres de Anne Louise Germaine de Staël: “Cada descoberta social é um meio de despotismo se não for um meio de liberdade”, em tradução livre. O Analista deixou de circular provavelmente em novembro de 1829, depois de publicar 137 edições.

Saiba mais em: O Analista

Legenda: Edição nº 130 (novembro de 1829) do jornal governista O Analista.

Nova Luz Brasileira – Rio de Janeiro, 1829
O pasquim Nova Luz Brasileira foi um dos principais que circularam na corte e em várias capitais provinciais durante o Primeiro Reinado e o Período Regencial. Teve vida curta, como a maioria dos pasquins da época, mas circulou no período mais agitado do Primeiro Reinado: seus últimos 16 meses, quando, sob pressão crescente de boa parte das elites políticas brasileiras e interessado em recuperar a coroa portuguesa, usurpada pelo irmão, Dom Miguel, Dom Pedro I, no dia 7 de abril de 1831, abdicou do trono e voltou para Portugal. Lançado em 9 de dezembro de 1829, por Ezequiel Correa dos Santos – o título inspirava-se na antiga Luz Brazileira, de Silvério Mariano Quevedo de Lacerda. A Nova Luz Brasileira se alinhava entre os adversários mais radicais do conservadorismo e do estilo absolutista de D. Pedro I, como a Sentinela da Liberdade (com seus títulos cambiantes), de Cipriano Barata; “o Homem de todas as Revoluções”; O Repúblico, de Borges da Fonseca; e A Malagueta, de Luís Augusto May.

Saiba mais em: Nova Luz Brasileira

Legenda: Primeiro exemplar da Nova Luz Brasileira, jornal alinhado com os adversários mais radicais do conservadorismo.

O Republico – Rio de Janeiro, 1830
Lançado no Rio de Janeiro (RJ) a 2 de outubro de 1830, O Repúblico foi um pasquim de inclinação liberal radical, “exaltada” de acordo com a terminologia da época. Editado pelo paraibano Antônio Borges da Fonseca, nacionalista ferrenho, apoiador da implementação não só do regime republicano mas também do federalismo no Brasil, foi mantido até a publicação de sua 197ª edição, de 15 de dezembro de 1855. Até o fim angariou a antipatia tanto das autoridades monárquicas quanto de grandes impressos conservadores, em especial o Diário do Rio de Janeiro, então gerido por Nicolau Lobo Vianna. Em trajetória que pegou do fim do Primeiro Reinado, quando combateu o que havia de absolutismo em Dom Pedro I, a meados do Período Regencial, quando criticava mesmo a ala liberal moderada que havia ascendido ao poder, sua periodicidade foi irregular – por vezes saiu a cada dois ou três dias, ou mesmo semanalmente. Vítima de censura oficial, seu tempo de vida teve diversos hiatos, chegando a ser editado na Paraíba entre 1831 e 1832, de improviso.

Saiba mais em: Borges da Fonseca e O Repúblico: contra tudo e contra todos.

Legenda: O Repúblico foi um pasquim de inclinação liberal radical lançado no Rio de Janeiro em 1830.

O Moderador – Novo Correio do Brasil: Jornal politico commercial e litterario – Rio de Janeiro, 1830
Lançado em 5 de abril de 1830 no Rio de Janeiro (RJ), quando a Corte do Império brasileiro vivia os últimos respiros do Primeiro Reinado, O Moderador foi um dos jornais áulicos da imprensa daquele momento. Criado já em momento em que a popularidade de Dom Pedro I naufragava, em crise que geraria sua abdicação em 7 de abril de 1831, sua extinção se deu, provavelmente, após a veiculação de seu nº 88, de 2 de abril de 1831, poucos dias antes do fim do Primeiro Reinado. Seu redator e diretor foi, aparentemente, o livreiro e impressor francês René Ogier, que permanecia anônimo nas edições do periódico. Ogier – provavelmente o melhor tipógrafo do país naquele momento –, havia editado o Courrier Du Brésil – Feuille politique, commerciale et littéraire, lançado no Rio de Janeiro entre março e abril de 1828 e extinto provavelmente logo antes do lançamento de O Moderador, experiência que, ao que tudo indica, deu origem ao último jornal; conforme indicado em seu próprio subtítulo, este seria o “Novo Correio do Brasil”.

Saiba mais em: O Moderador – Novo Correio do Brasil, jornal politico, commercial e litterario.

Legenda: Edição 02, de 10 de abril de 1830, de O Moderador.

O Novo Farol Paulistano – São Paulo, 1831
Enquanto O Farol Paulistano foi uma pedra liberal nos sapatos de Dom Pedro I, O Novo Farol, criado pouco mais de um mês após a extinção do pioneiro, foi um jornal de defesa ao gabinete imperial de seu tempo. Lançado em 6 de agosto de 1831 na capital paulista, pouco depois da abdicação do imperador (e também por causa disso), O Novo Farol Paulistano vinha como legítima continuação de O Farol Paulistano. Mas seu contexto político era outro, totalmente diferente, assim como seus editores: sua fundação e sua direção ficaram a cargo de José Manuel da Fonseca e Francisco Bernardino Ribeyro – José da Costa Carvalho, o editor do Farol original, passou a fazer parte da Regência com a saída de Pedro I.

Saiba mais em: O Novo Farol Paulistano: pouco a ver com o original.

Legenda: O Novo Farol Paulistano, de 1831, foi um jornal de defesa ao gabinete imperial.

O Sete d’Abril – Rio de Janeiro, 1833
Lançado na Corte em 1º de janeiro de 1833, com o Período Regencial em vigor no Brasil, por conta da abdicação de Dom Pedro I dois anos antes, O Sete d’Abril foi um jornal de linha liberal moderada, dirigido e redigido por Francisco do Rego Barros Beberibe. Tendo por fim “defender a Constituição Politica do Brasil e os Direitos do Imperador e Senhor D. Pedro II”, o periódico vinha a lume não só comemorando o fim do Primeiro Reinado, ocorrido a sete de abril de 1831, como destacando beneficamente os tempos vindouros para a nação. Teve, segundo o historiador Nelson Werneck Sodré, orientação direta do estadista Bernardo Pereira de Vasconcellos.

Saiba mais em: O Sete d’Abril.

Legenda: O nome do jornal O Sete de Abril faz referência à data do fim do Primeiro Reinado.

 Semanario do Cincinnato – Rio de Janeiro, 1837
Lançado no Rio de Janeiro (RJ) a 18 de fevereiro de 1837, o Semanario do Cincinnato foi um pasquim conservador. Editado por José Cristino da Costa Cabral, que até seu lançamento vinha sendo colaborador do Diário do Rio de Janeiro, o periódico foi praticamente lançado para cerrar fileiras com este jornal na arena do debate político. Então gerido por Nicolau Lobo Vianna, o diário estava empenhado em campanha contrária ao pensamento liberal de Antônio Borges da Fonseca e sua folha, O Repúblico.

Saiba mais em: Semanário do Cincinnato.

Legenda: O pasquim conservador Semanário do Cincinnato.

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