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A grande imprensa brasileira

Desde sua aurora, a imprensa brasileira contou com jornais de sustentação ao status quo do momento: tradição inaugurada mesmo pelo primeiro periódico produzido no país, a Gazeta do Rio de Janeiro, de 1808. Órgãos tradicionais, robustos e determinantes para a opinião pública tanto em tempos imperiais quanto republicanos, os poderosos “jornalões” tupiniquins são aqueles que, por influências políticas e avanços tecnológicos, não raro ditam as regras não só do jornalismo cá nos trópicos, mas da sociedade, do comportamento, da economia e dos arranjos ministeriais de seu tempo.
Conforme a Impressão Régia deixava de ter a exclusividade na produção de jornais no Brasil, vultuosos empreendimentos privados ganharam força no país, ajudando a sustentar ou derrubar autoridades e agendas políticas. Na virada entre os séculos XIX e XX a nação passou a contar com folhas de facetas editoriais mais parecidas com as dos grandes periódicos de hoje: foi quando começaram a dar as caras os diários de grande circulação. Alguns, surgidos mesmo no século retrasado, seguem vivos, como o Diário de Pernambuco e d’O Estado de S. Paulo. Mas muitos dos maiores jornais da história tupiniquim já não existem mais, ao menos em edição impressa: casos do Jornal do Commercio carioca, do Jornal do Brasil, d’O Paiz, do Correio Paulistano, do Correio da Manhã, do Diário de Notícias, da Última Hora, do Diário Carioca, d’O Jornal de Assis Chateaubriand… Pois cabe lembrar de alguns desses nomes.


Jornal do Commercio – Rio de Janeiro, 1827
Publicado de 1827 a 2016, o Jornal do Commercio carioca foi por muito tempo o segundo periódico diário mais antigo do Brasil ainda em circulação, bem como um dos mais antigos de toda a América Latina, perdendo apenas para o Diário de Pernambuco. Veio a lume pelo tipógrafo parisiense Pierre René François Plancher de La Noé, que, fugido de seu país por sua convicção bonapartista, já que a Restauração havia levado Luís XVIII ao trono francês, instalou-se na Corte brasileira em 1824, acompanhado por artesãos gráficos, prelos de ferro, caixas de tipos, livros e outros materiais raros ou inexistentes no Brasil. Após fundar sua própria oficina, a Imperial Typographia, no centro do Rio de Janeiro (RJ), o jornal que passou a produzir pretendia explorar o mercado até então monopolizado pelo Diário do Rio de Janeiro; tinha, portanto, caráter estritamente comercial, como seu próprio nome indica. Isso, além de sua tradicional linha conservadora, foi, possivelmente, um dos fatores que permitiram sua longevidade, ao contrário dos demais periódicos da época. Após viver do Primeiro Reinado à redemocratização brasileira com o fim da Era Vargas, o Jornal do Commercio passou a integrar, em 1959, a rede de comunicação Diários Associados, de Assis Chateaubriand, da qual fez parte até seu fim.

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Correio Paulistano – São Paulo, 1854
Vindo a lume em 26 de junho de 1854, em São Paulo (SP), o Correio Paulistano foi inicialmente propriedade de Joaquim Roberto de Azevedo Marques, que o lançava diariamente através de sua Typographia Imparcial. Tendo então Pedro Taques de Almeida Alvim como primeiro redator, o jornal iniciou sua trajetória politicamente situado na trincheira liberal, assim como o célebre O Ypiranga, para logo em seguida passar ao lado conservador e, depois, tornar-se novamente liberal. Tendo abrigado escritos de figuras como José Bonifácio e tendo sido, já durante a República, porta-voz do Partido Republicano Paulista (PRP), foi ainda um órgão de sustentação das oligarquias rurais e urbanas durante a República Velha e de oposição a Getúlio Vargas – além de repudiar, no contexto da Guerra Fria, aquilo que enxergava como “ameaça comunista”. Após diversas mudanças em sua propriedade e em seu formato, acabou sendo extinto em meados do segundo semestre de 1963, quando completava mais de cem anos de existência.

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Jornal do Recife – Recife, 1859
O Jornal do Recife foi inicialmente, de acordo com seu próprio subtítulo, uma "Revista semanal" de "Sciencias – Lettras – Artes". Lançado no Recife (PE) em 1º de janeiro de 1859, seu fundador, primeiro proprietário e diretor-redator foi José de Vasconcellos, que o lançou em substituição ao então recentemente fechado Jornal do Domingo. O periódico teve vida relativamente longa, se notabilizando por seu apoio à Revolução de 1930, exatamente oito anos antes de fechar definitivamente.

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Gazeta de Notícias – Rio de Janeiro, 1875
Fundada em 2 de agosto de 1875 na então capital do Brasil imperial, a Gazeta de Notícias foi um dos maiores jornais que o país já viu. Com redação e escritório montados inicialmente no nº 70 da então badalada Rua do Ouvidor, José Ferreira de Sousa Araújo era o principal responsável pela empreitada, contando com outros diretores associados: Henrique Chaves, Elísio Mendes e Emanuel Carneiro. Embora lançada de forma um tanto modesta, a Gazeta de Notícias abriu alas para diversas inovações na imprensa brasileira, como o uso do clichê, das caricaturas e da técnica de entrevistas. Republicano e abolicionista, com o fim do Império foi um dos principais jornais da capital federal durante a República Velha. Se notabilizou por, em 1879, ser o primeiro do Brasil a instalar uma impressora rotativa em suas oficinas.

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Diário de Notícias – Salvador, 1875
O vespertino Diário de Notícias veio a lume em 13 de março de 1875, em Salvador (BA), pelas mãos do português Manuel da Silva Lopes Cardoso. Com título e modelo visual inspirados no jornal homônimo lisboeta, foi lançado com dificuldades: sem contar com o capital necessário para a compra da tipografia, seu fundador teve de recorrer a amigos que se dispusessem a fazer assinaturas antecipadas do periódico ou a pagar por espaço publicitário no mesmo – assim, a impressora foi cedida a crédito pelo comendador Manuel Brandão. O órgão nasceu, então, com caráter estritamente comercial e foi, em seus primeiros momentos, noticioso, independente de qualquer grupo ou partido político, ao contrário do restante da imprensa de sua época. Isso não o impedia de ser, no entanto, estritamente conservador. Após trocar de propriedade inúmeras vezes, chegou a pertencer finalmente aos Diários Associados de Assis Chateaubrind na década de 1940; após a morte deste, seu fechamento se deu no final de dezembro de 1979 – apesar de um período uma sobrevida entre 1980 e 1981.

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O Paiz– Rio de Janeiro, 1884
O Paiz foi um jornal diário de grande circulação lançado em 1º de outubro de 1884, no Rio de Janeiro (RJ), por João José dos Reis Júnior, o conde de São Salvador de Matozinhos. Conservador e de grande expressão, considerado o mais robusto órgão governista da República Velha, foi um dos maiores formadores de opinião na política e na sociedade brasileiras entre o fim do século XIX e o começo do século XX. Durou até 18 de novembro de 1934, quando foi fechado pela Revolução de 1930. A trajetória de O Paiz começou nos últimos anos da monarquia no Brasil, com o seu primeiro redator-chefe, Rui Barbosa, logo substituído por Quintino Bocaiúva.

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Jornal do Brasil – Rio de Janeiro, 1891
Diário e matutino, o Jornal do Brasil foi fundado no Rio de Janeiro (RJ) em 9 de abril de 1891, por Rodolfo de Sousa Dantas e Joaquim Nabuco. Tendo passado por diversas fases em mais de cem anos de história, o JB teve papel crucial na definição dos rumos da imprensa brasileira, sobretudo a partir de 1959, quando passou por uma revolucionária reforma gráfica e editorial. Vítima de longa e severa crise financeira, o periódico teve sua versão impressa extinta em 31 de agosto de 2010, quando passou a existir somente na internet.

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Correio da Manhã – Rio de Janeiro, 1901
Um dos mais respeitáveis periódicos da imprensa diária de grande tiragem do país: esse foi o Correio de Manhã, lançado no Rio de Janeiro em 1901. Edmundo Bittencourt, seu fundador e diretor, era então um jovem e ambicioso advogado do interior gaúcho procurando se firmar na capital do país. Atualmente considerado um dos mais importantes jornais brasileiros do século XX, dotado de uma ética própria e introdutor de refinamentos textuais que se transformariam na sua marca, o periódico foi lançado numa época em que a imprensa se mostrava mais explicitamente parcial no jogo do poder. Desde sua primeira edição, nas palavras de Nelson Werneck Sodré, o CM primava por um “ferrenho oposicionismo, de extrema virulência”, em contraste com o “extremo servilismo” adotado por jornais concorrentes, presos aos esquemas e interesses da chamada “política do café com leite”.

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 A Gazeta – São Paulo, 1906
Surgida na tarde do dia 16 de maio de 1906 pelas mãos de Adolfo Araújo, A Gazeta foi um diário vespertino de importância na imprensa paulista – quiçá nacional. Nasceu defensor das oligarquias agrárias paulistas e mineiras, que deram as cartas durante as quatro primeiras décadas do Brasil republicano. Simpatizante do civilismo de Ruy Barbosa, seus primeiros proprietários eram adeptos do Partido Republicano Paulista (PRP), que literalmente se manteve no poder do estado durante toda a República Velha. A Gazeta costuma ser muito lembrada pelo posicionamento que tinha em seus primeiros tempos: sempre pleiteando a valorização do café. Entre trocas de propriedade, enfim acabou nas mãos de seu maior diretor: o também perrepista Cásper Líbero. Sofrendo guinadas cá e lá em sua linha editorial, sempre em face à inconstância dos ventos políticos nacionais, não raro batia de frente com o governo de Getúlio Vargas, especialmente em 1932, durante a Revolução Constitucionalista. Depois, teve fase de franco apoio à União Democrática Nacional (UDN). Em pouco mais de 70 anos de vida muito se passou com o vespertino paulistano, até seu declínio e fim, 1979, quando passou a circular como mero encarte da Gazeta Esportiva.

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A Noite – Rio de Janeiro, 1911
O vespertino A Noite foi fundado em 18 de julho de 1911 por Irineu Marinho, no Rio de Janeiro (RJ), logo depois que o jornalista deixou a Gazeta de Notícias, onde era secretário-geral. Acompanhado de treze antigos funcionários, Irineu Marinho instalou o novo periódico no sobrado de nº 14 do Largo da Carioca, com impressão feita na rua do Carmo. Considerado um dos primeiros jornais populares do Rio de Janeiro, o periódico teve várias donos e fases, a mais importante entre as décadas de 1920 e 1930. O jornal emprestou seu nome ao moderno edifício de 24 andares, construído em 1928 na Praça Mauá, no Rio de Janeiro, na verdade sua sede, em tempos áureos: no “prédio d’A Noite” também funcionou a Rádio Nacional. A Noite tratava principalmente da política nacional e de questões da cidade do Rio de Janeiro, com destaque para o noticiário policial. Tornou-se assim um dos primeiros a valorizar os fatos do cotidiano e, desta forma, os gostos do grande público, da chamada massa urbana que se ia formando nas grandes cidades do país.

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O Jornal – Rio de Janeiro, 1919
Lançado em 17 de junho de 1919 no Rio de Janeiro (RJ), O Jornal foi um diário matutino de grande circulação. Anteriormente vinculado à política, seu diretor inicial, Renato de Toledo Lopes, era editor da versão vespertina do Jornal do Commercio carioca – por conta de um atrito com a direção geral deste periódico, demitiu-se para fundar a sua própria folha; sem abrir mão de uma provocação, já que “o jornal” era como o Jornal do Commercio era informalmente chamado. Todavia, quando já completava cinco anos de publicação, O Jornal foi comprado por Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Mello. Sob o comando de “Chatô”, a folha constituiu-se no primeiro órgão da cadeia dos Diários Associados, atrás, em importância, somente da revista O Cruzeiro, que seria lançada em 1928. Foi sob essa segunda gestão que a folha galgou sua grande importância na história da imprensa brasileira, até sua extinção, em 1974.

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A Manhã – Rio de Janeiro, 1925
Diário lançado no Rio de Janeiro (RJ) em 29 de dezembro de 1925 por Mário Rodrigues, A Manhã era um matutino versátil, com doze páginas em tamanho standard, bem montado, com bom uso de imagens – e considerado à época de boa qualidade. Crítico aguerrido, usava linguagem mordaz, panfletária, demagógica, além de bem-humorada e acessível. Confrontava o autoritarismo, as oligarquias e a estrutura política da República Velha, buscando comprometimento com causas populares. Típica folha oposicionista, causou dores de cabeça ao governo do presidente Washington Luís e ao do prefeito Antônio Prado Júnior, no Distrito Federal (Rio de Janeiro).

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Diário da Manhã – Recife, 1927
O Diário da Manhã pernambucano foi o porta-voz dos interesses da então influente família Cavalcanti, que por muito tempo ditou as regras por aquelas bandas. Importante peça na história política e cultural não só de seu estado, mas do Nordeste brasileiro, sobretudo no pré-Revolução de 1930, sempre foi editado em Recife (PE), a partir de 16 de abril de 1927. Foi um matutino de ênfase predominantemente política, opositor dos regimes oligárquicos da República Velha. Impresso pela Gráfica Editora Imperador, foi inicialmente produto dos donos da empresa Lima Cavalcanti & Cia., gerida pelos usineiros Carlos de Lima Cavalcanti, Arthur de Siqueira Cavalcanti, Caio de Lima Cavalcanti, Fernando de Lima Cavalcanti e Rui de Lima Cavalcanti. Com exceção de um período de interrupção em sua publicação, que foi de 1950 a 1962, o Diário da Manhã é editado até o presente (2023), embora com menos destaque na imprensa.

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Diário Carioca – Rio de Janeiro, 1928
Lançado no Rio de Janeiro (RJ) por José Eduardo de Macedo Soares, no dia 17 de julho de 1928, com a finalidade explícita de fazer oposição à República Velha, o Diário Carioca foi um dos mais importantes jornais de seu tempo. Visto como o principal órgão de campanha da Aliança Liberal, que dois anos depois chegaria ao poder pela Revolução de 1930, o periódico acabou sendo imortalizado na história da imprensa brasileira também como o introdutor da técnica jornalística do “lead” no país, em 1951, momento em que já não era mais dirigido por Macedo Soares, mas por Danton Jobim, seu último editor responsável. Apesar de todos os seus destaques, o Diário Carioca não teve a longevidade de outros integrantes da imprensa de grande circulação: foi extinto em 31 de dezembro de 1965, após distintas fases e orientações políticas, vítima de grave crise financeira.

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Critica – Rio de Janeiro, 1928
Critica não foi exatamente um exemplo de “grande imprensa”. Mas foi um diário extremamente popular. Lançado no Rio de Janeiro (RJ) em 21 de novembro de 1928, por Mário Rodrigues, então endividado depois de sua experiência em A Manhã, era um matutino de oito páginas, com informações de política na primeira e de polícia na última. Circulava com o preço inicial de apenas 100 réis, um dos seus chamarizes, receita de sucesso em sua busca por grandes vendagens entre as classes populares. Outra chamariz era sua linha editorial: crítico, aguerrido e sensacionalista ao extremo, o jornal era um legítimo órgão de ataque às figuras públicas. Sua linguagem era acessível, mordaz, panfletária e demagógica, num misto entre o raivoso e o bem-humorado. Muito por esta postura, a folha acabou tendo um fim trágico, menos de dois anos depois do seu lançamento.

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Diário da Noite – Rio de Janeiro, 1929
Fundado no Rio de Janeiro (RJ) em 5 de outubro de 1929, dirigido por Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Mello (seu dono formal), Cumplido de Sant’Anna e Frederico Barata, o Diário da Noite foi um vespertino em complemento ao matutino O Jornal, também de “Chatô”. Apresentava-se como membro da “vanguarda do movimento liberal”, ou seja, era explicitamente articulado com a Aliança Liberal, em oposição ao regime oligárquico da República Velha. Lançado em duas edições diárias, saindo a primeira às 15h, foi um empreendimento totalmente projetado em apenas duas semanas, tendo conquistado entre 60 e 80 mil leitores em seu primeiro mês de circulação. Editado até 1973, foi mais um dos inúmeros periódicos dos Diários Associados, a rede de comunicação iniciada por Chateaubriand nos anos 1920.

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Diário de Notícias – Rio de Janeiro, 1930
O Diário de Notícias foi um matutino de tamanho standard lançado a 12 de junho de 1930 no Rio de Janeiro (RJ), por três jornalistas egressos de O Jornal, dos Diários Associados: Orlando Ribeiro Dantas (o regente da iniciativa e diretor da nova folha), Nóbrega da Cunha e Alberto Figueiredo Pimentel Segundo. Inicialmente propriedade de uma sociedade anônima presidida por Manoel Magalhães Machado, com Aurélio Silva como secretário, o periódico surgiu moderno e arrojado, contextualizado na guinada que consolidou a estrutura empresarial na imprensa brasileira. Após se firmar como um dos mais importantes diários do jornalismo brasileiro, tendo apoiado e, sobretudo, combatido a política de diversos governos distintos, ocasião em que se mostrou ambivalente, circulou até novembro de 1976, após falhar em seu projeto de colher dividendos ao adotar uma linha favorável ao governo militar instaurado com o golpe de 1964.

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Última Hora – Rio de Janeiro, 1951
Última Hora foi um dos mais importantes jornais de grande circulação da história da imprensa brasileira. Fundado no Rio de Janeiro (RJ) em 12 de junho de 1951 pelo jornalista Samuel Wainer – que já havia se destacado por sua atuação na revista Diretrizes –, foi um diário de tamanho standard com o objetivo explícito de apoiar o segundo governo de Getúlio Vargas, de quem obtivera favores políticos. Ainda assim foi uma folha revolucionária no jornalismo brasileiro, tanto do ponto de vista técnico quanto do trabalhista. Continuou sendo editada mesmo após o suicídio do presidente da República, em 1954, mas, apoiadora de João Goulart, veio a enfrentar sérias dificuldades com o regime militar, a partir de 1964. Em 1971, acabou sendo vendida a um grupo empresarial ligado à empreiteira Metropolitana, capitaneado por Maurício Nunes de Alencar. Saindo então pela Arca Editora S.A., do empresário Ary de Carvalho, no período entre 1973 e 1987, Última Hora foi em seguida vendida a José Nunes Filho, que a manteve até 26 de julho de 1991.

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Correio Braziliense – Distrito Federal, 1960
Lançado a 21 de abril de 1960 pela cadeia de empresas de comunicação Diários Associados, fundada e presidida por Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Mello, na recém-instalada capital federal, o Correio Braziliense de nosso tempo é o maior jornal do Distrito Federal e um dos mais proeminentes da imprensa brasileira. Diário e matutino, veio a lume na mesma data que a da inauguração de Brasília. Influências para isso não faltaram: Juscelino Kubitschek, ao tomar a decisão de construir a nova capital, teve a promessa do cético dono dos Associados de que, se as obras fossem concluídas no tempo previsto, registraria o surgimento de Brasília em um novo órgão de sua cadeia, que passaria a circular por lá.

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