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Publicações Seriadas: História, Memória e Documentos

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Imprensa cultural e de vanguarda

Archivo do Retiro Litterario Portuguez no Rio de Janeiro – Rio de Janeiro, 1870
O Archivo do Retiro Litterario Portuguez no Rio de Janeiro foi a revista literária oficial da correspondente agremiação luso-brasileira de letras, publicada em data incerta, aparentemente a partir de 1870. Em tons não só estritamente literários, mas também históricos e políticos, suas páginas vinham basicamente com poesia, prosa e ensaio produzidos por membros do Retiro, uma sociedade literária fundada na capital no ano de 1859 a partir de uma dissidência do antigo Grêmio Literário Português, que, por sua vez, deu origem, anos mais tarde, por meio de uma nova dissidência, ao atual Liceu Literário Português. O Retiro Literário, afinal, também editou os periódicos A Messe: Periodico da Sociedade Retiro Litterario Portuguez, em 1860, e a Revista do Retiro Litterario Portuguez, entre 30 de julho de 1882 e 31 de dezembro de 1885, época em que o Liceu Literário já existia.

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 Os Dois Mundos: Illustração para Portugal e Brazil – Paris, 1877
Os Dois Mundos foi uma revista predominantemente literária impressa e lançada na capital francesa em 31 de agosto de 1877, voltada às elites intelectuais brasileiras e portuguesas na América ou na Europa. Foi uma sofisticada empreitada de periodicidade mensal, ilustrada e voltada às artes, às ciências e a variedades, em geral. Publicava praticamente só autores europeus, como se pouco do produzido cá deste lado do oceano o valesse – ou mesmo fosse possível acessar. Ainda assim, fazia a ponte, nos ditames culturais de sua época, influenciando e forjando o gosto do leitor daqui e de lá: escritores brasileiros de diversas safras prestavam muita atenção no que vinha do Velho Mundo.

Saiba mais em: https://bndigital.bn.gov.br/artigos/acervo-da-bn-dois-mundos-uma-literatura/


 O Sapo – Curitiba, 1898
O Sapo foi um curioso periódico cultural lançado em Curitiba (PR) em 6 de março de 1898, criado e mantido por Leocadio Cysneiros Correia, seu redator principal, Leite Júnior, Gabriel Ribeiro e Tales Saldanha. Sempre em moldes de revista, circulou até 1902, até ser retomada por Vasco José Taborda Ribas quase 75 anos depois. Mas aí já temos uma história à parte: ardoroso enamorado do anfíbio (o impresso, naturalmente), Ribas decidiu fundar todo um círculo literário em torno da antiga revista; para tanto, em 1976, não só refundou a publicação como a encetou como boletim da chamada “Honorífica e Nobiliárquica Soberana Ordem do Sapo do Brasil”.

Saiba mais em: https://bndigital.bn.gov.br/artigos/acervo-da-bn-um-coaxar-sublime-na-imprensa-paranaense/


O Pirralho – São Paulo, 1911
A grande revista do modernismo brasileiro foi Klaxon, lançada em 1922, cerca de três meses após a esplendorosa Semana de Arte Moderna. No entanto, mais de dez anos antes desse marco na imprensa tupiniquim soar em alto e bom tom sua buzina, um de seus mais grandiloquentes colaboradores já estava aprontando uma pirralhice protomoderna de dar o que falar. Na São Paulo de 12 de agosto de 1911 nascia O Pirralho.

Saiba mais em: https://bndigital.bn.gov.br/artigos/acervo-da-bn-oswald-de-andrade-e-alexandre-machado-dois-pirralhos/


Panoplia – Mensario de arte, sciencia e literatura – São Paulo, 1917
Panoplia foi uma revista lançada em São Paulo (SP) no mês de junho de 1917, dirigida por Pedreira Duprat e Cassiano Ricardo, com Ernesto Teixeira de Carvalho Filho como gerente. Sua redação contava com o trabalho de Edvard Carmilo, Sebastião Cezar e Edgard Pimentel Braga. Pouco pretensiosa, em seu editorial de lançamento a revista não se propunha a preencher uma lacuna na imprensa paulista.

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A Bomba – Curitiba, 1918
A Bomba foi um periódico ilustrado de humor crítico, política, literatura e variedades lançado em Curitiba (PR) em 12 de junho de 1913. Seguindo os moldes de publicações ilustradas da moda, como O Malho, era propriedade de Marcello Bittencourt, contando com Rodrigo Júnior e Clemente Ritz como redatores principais, Euclides Chichorro (atendendo pelo pseudônimo “Félix”) como redator artístico, Arthur Wischral como repórter fotográfico e Gastão Gheur como agente comercial. Politicamente aguerrido, polêmico e altamente debochado, apontando falhas na política e na administração pública paranaense da época (fazendo o mesmo a nível nacional, embora nem tanto), além de se mostrar apto a chocar a sociedade burguesa local, foi publicado somente até o final de dezembro de 1913.

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Verde – Revista mensal de arte e cultura – Cataguases, 1927
Lançada em Cataguases em setembro de 1927, a revista Verde foi dirigida por Henrique de Resende, com Martins Mendes e Rosário Fusco como redatores. Apesar de interiorana, em seu tempo teve repercussão no meio artístico nacional como um dos mais importantes periódicos culturais ligados ao modernismo brasileiro. Por intensa correspondência, motivadora e aconselhadora, trocada com os escritores de Cataguases, Mário de Andrade e Antônio de Alcântara Machado acabaram sendo considerados os maiores animadores do grupo Verde, sem, no entanto, pertencerem ao mesmo.

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 Invenção – Revista de arte de vanguarda – São Paulo, 1962
Invenção foi uma revista cultural predominantemente voltada à poesia, lançada no primeiro trimestre de 1962, em São Paulo (SP), por figuras da poesia concreta – servindo, portanto, de porta-voz ao concretismo brasileiro. Assim como Noigandres – outra revista de poesia concreta, editada pelo mesmo grupo –, foi apontada como, se não precursora, uma das grandes inspirações dos periódicos de poesia marginal editados durante o regime militar brasileiro. A saber: Invenção não foi exatamente “parida” em 1962. Surgiu de um suplemento dominical de literatura publicado de 17 de janeiro de 1960 a 26 de fevereiro de 1961 no Correio Paulistano. Ela tinha Décio Pignatari como diretor responsável e um corpo editorial composto por Haroldo e Augusto de Campos, José Lino Grünewald, Pedro Xisto, Cassiano Ricardo (que logo abandonou a revista, por divergências com os demais), Edgard Braga, Mário da Silva Brito e Ronaldo Azeredo.

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