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Publicações Seriadas: História, Memória e Documentos

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Imprensa operária

A Época – Rio de Janeiro, 1912
A Época foi um jornal matutino lançado no Rio de Janeiro (RJ) em 31 de julho de 1912, como propriedade da Sociedade Anônima A Época. Seus diretores foram inicialmente Vicente de Toledo de Ouro Preto, Vicente Ferreira da Costa Piragibe, J. B. Câmara Canto. Denunciando os hábitos "puramente provincianos" da imprensa brasileira de então, no editorial de sua primeira edição, o jornal se mostrava contrário ao governo do marechal Hermes da Fonseca, e, portanto, ao Partido Republicano Conservador (PRC) e à imprensa que o bajulava. A Época, apesar de apresentar refinados artigos e ensaios de cultura e moda galante, também tinha uma linha popular, voltada a questões sociais e trabalhistas e ao cotidiano dos subúrbios cariocas. Abordando lutas e manifestações gerais do operariado, a sua "Columna Operaria" noticiava greves, reivindicações proletárias, novidades sobre clubes e associações sindicais, incluindo mesmo atividades dançantes, esportivas e carnavalescas.

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A Classe Operária – Rio de Janeiro, 1925
Fundado pelo Partido Comunista (PC), então denominado Partido Comunista do Brasil, A Classe Operária é um dos mais importantes periódicos de organizações partidárias de esquerda da história brasileira – e também o mais antigo ainda em circulação, precursor de Tribuna Popular, Imprensa Popular, Voz Operária e Novos Rumos. Foi fundado no Rio de Janeiro (RJ) como órgão do comitê central do PC, em data sugestiva: 1º de maio de 1925, quando teria circulado com 5 mil exemplares. Seus fundadores foram Astrogildo Pereira e Otávio Brandão Rego, que tinham a colaboração de José Lago Morales e Laura Brandão.

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A Manhã – Rio de Janeiro, 1935
A Manhã foi um diário matutino lançado no Rio de Janeiro (RJ) em 26 de abril de 1935, por Pedro Mota Lima, como órgão de divulgação da Aliança Nacional Libertadora (ANL). Ligado ao Partido Comunista, foi, portanto, um periódico de combate à ideologia fascista, ao imperialismo, ao latifúndio e ao governo de Getúlio Vargas, defendendo não só o movimento de frente ampla mas também as lutas populares por melhores condições de vida e trabalho, a valorização da cultura popular brasileira e o engajamento da sociedade à esquerda. Ao dar ênfase às atividades da ANL, que ocupavam a maior parte de suas edições, o jornal ia contra a corrente de grande parte da grande imprensa, que ignorava ou hostilizava o movimento. Sem ter nenhuma relação com o jornal homônimo fundado por Mário Rodrigues cerca de dez anos antes, na capital, A Manhã era dirigido pelo seu fundador, Pedro Motta Lima.

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Tribuna Popular – Rio de Janeiro, 1945
O diário Tribuna Popular foi fundado no Rio de Janeiro em 1945 por intelectuais e militantes ligados ao Partido Comunista do Brasil, tendo circulado de 22 de maio de 1945, seis meses antes do fim do Estado Novo, a 28 de dezembro de 1947, quando a atuação do PC foi novamente proibida, desta vez pelo governo do general Eurico Dutra (1946-1950). O jornal fazia parte de uma rede de periódicos, denominada “imprensa popular”, que estava sendo criada pelo PCB, desde a sua volta à legalidade, em diversas capitais estaduais. Faziam parte dessa rede os jornais Hoje, em São Paulo, Folha Capixaba, em Vitória, Folha do Povo, em Recife, Tribuna Gaúcha, em Porto Alegre, O Democrata, em Fortaleza, Voz do Povo, em Maceió, e Jornal do Povo em Belo Horizonte. No início, a Tribuna Popular era dirigida por Pedro Motta Lima, que, ao sair, foi substituído por Pedro Pomar.

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Imprensa Popular – Rio de Janeiro, 1948
Imprensa Popular foi um jornal vinculado ao Partido Comunista Brasileiro lançado no Rio de Janeiro (RJ), em 1948 – possivelmente no dia 24 de junho –, tendo sido publicado por cerca de 10 anos. Seu surgimento deu-se a partir do fim de outro jornal carioca do PC, a Tribuna Popular, criada em 1945 e extinta em dezembro de 1947, por conta da decisão do governo Vargas de enquadrar o partido na ilegalidade – portanto, o vínculo de Imprensa Popular com o PC era secreto. Com o fechamento do primeiro jornal, a direção do PC julgou necessário o lançamento de outro título que funcionasse como órgão doutrinário de massa, cumprindo com as mesmas funções da folha extinta. No entanto, o novo jornal apresentava formulações mais amplas do que o primeiro. A direção de Imprensa Popular ficava a cargo de Pedro Motta Lima, também fundador da própria Tribuna Popular e dos jornais A Manhã (da ANL, lançado em 27 de abril de 1935 e extinto em 27 de novembro do mesmo ano) e A Esquerda.

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Novos Rumos – Rio de Janeiro, 1959
Lançado no Rio de Janeiro (RJ) em 28 de fevereiro de 1959, Novos Rumos foi um semanário de circulação nacional editado pelo Partido Comunista Brasileiro, à época denominado Partido Comunista do Brasil. Junto com A Classe Operária, Voz Operária e Imprensa Popular, também criados pelo PC, foi um dos mais importantes jornais da história da esquerda brasileira. Acabou sendo extinto em 19 de abril de 1964, em consequência do golpe que iniciou a ditadura militar no Brasil. Novos Rumos foi criado em decorrência da crise vivida pelo PC em 1956 (eclodida pela polêmica em torno do revisionismo ao governo de Josef Stálin na União Soviética, depois das denúncias do chamado Relatório Kruschev), que, a princípio, resultou no desligamento de vários militantes e em alterações dentro do próprio partido.

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