BNDigital

Periódicos & Literatura

< Voltar para Dossiês

Bruno Seabra

por Maria do Sameiro Fangueiro


Bruno Henrique de Almeida Seabra nasceu em Tatuoca, PA, em 6 de outubro de 1837, e morreu em Salvador, BA, em 8 de abril de 1876, filho de Caetano Henrique de Almeida Seabra e de Maria Emília Seabra. Poeta lírico, romancista e folhetinista, cultivava o humorismo em seus versos e prosa. Em 1859, o romance Dr. Pancrácio foi publicado no jornal Marmota Fluminense, dirigido por Paula Brito. Sob o pseudônimo de Aristóteles de Sousa, publicou em 1868, Memórias de um pobre diabo. O poema “Morrer… Viver…” encontra-se disponível no site da Biblioteca Nacional Digital, e o original encontra-se na Seção de Manuscritos. Além destas obras escreveu também As cinzas de um livro (1859), Flores e frutas (1862), O alforje da boa razão (1870), e Paulo (1861).




O Branco e o Tymbira


(Indigena Brasileiro)

O branco disse ao tymbira:
- Não me inspiram, sertanejo,
- Estes bosques, estas mattas;
- Nem eu vejo

De que te ufanes aqui:
Vem comigo – minhas terras
Tem mais lindas variedades,
Vida, amor, ouro, prazeres,
Nas cidades

Tudo, enfim, terás – alli.
-O tymbyra disse ao branco:
- Cariúa, deixa a cidade,
- Vem viver co’o sertanejo,
- Aqui tens a liberdade.

Em: O Espelho, n. 5, out. 1859.


Parceiros