Periódicos & Literatura
< Voltar para DossiêsManaira: literatura, arte, mundanidades
por Maria Ione Caser da Costa
A revista Manaíra foi lançada em João Pessoa, capital do estado da Paraíba, em novembro de 1939. Seu diretor, um intelectual da literatura, era Wilson Madruga e o gerente, Alberto Diniz. Manaira se dedicava a “arte, cultura e divulgação”.
A Biblioteca Nacional possui apenas dois exemplares, o de abril de 1940, que corresponde ao ano 1, número 6 e o de abril de 1943, correspondente ao ano 4. Os mesmos ainda não foram digitalizados e a consulta deve ser feita na Coordenadoria de Publicações Seriadas. As pesquisas na web indicam que Manaíra continuava em circulação ainda em 1951.
De acordo com pesquisas sobre a revista Manaíra, é possível dizer que foi bem aceita pelo público leitor. Seus dirigentes procuravam colaborar com o movimento literário paraibano, publicando crônicas literárias, fomentando as artes plásticas e uma variedade de temáticas como moda, ficção e poesias.
Uma revista ilustrada, nos moldes das revistas da atualidade, com matérias diversas mostrou a sua preocupação com relação ao comportamento e trouxe dicas e conselhos para as mulheres que quisessem ser modernas e elegantes.
O nome da revista, Manaíra, homenageia sua homônima, uma indígena que Coriolano de Medeiros (1875-1974), escritor que ajudou a fundar a Academia Paraibana de Letras, adotou como personagem em um romance histórico regional e que faz parte das tradições sertanejas paraibanas.
Finalizaremos com um soneto de Américo Falcão, publicado em abril de 1940.
Cruzeiro antigo
Esta cruz monolítica e sublime,
Que hoje ainda vêjo como outróra via,
Lembra-me um quadro que pureza exprime
Da mocidade alegre e fulgidia...
Nela pousavam – linda romaria,
Sem manchas, sem pecados e sem crime,
As minhas ilusões, onde floria
O eterno amôr que os corações redime.
Testemunha de dôr e de pezares,
Via-se a velha cruz no desabrigo,
Constelada de risos e de olhares...
E hoje, como em calvario ermo e tristonho,
Crucificado no Cruzeiro antigo,
Dorme o Cristo invisível do meu sonho!
A Biblioteca Nacional possui apenas dois exemplares, o de abril de 1940, que corresponde ao ano 1, número 6 e o de abril de 1943, correspondente ao ano 4. Os mesmos ainda não foram digitalizados e a consulta deve ser feita na Coordenadoria de Publicações Seriadas. As pesquisas na web indicam que Manaíra continuava em circulação ainda em 1951.
De acordo com pesquisas sobre a revista Manaíra, é possível dizer que foi bem aceita pelo público leitor. Seus dirigentes procuravam colaborar com o movimento literário paraibano, publicando crônicas literárias, fomentando as artes plásticas e uma variedade de temáticas como moda, ficção e poesias.
Uma revista ilustrada, nos moldes das revistas da atualidade, com matérias diversas mostrou a sua preocupação com relação ao comportamento e trouxe dicas e conselhos para as mulheres que quisessem ser modernas e elegantes.
O nome da revista, Manaíra, homenageia sua homônima, uma indígena que Coriolano de Medeiros (1875-1974), escritor que ajudou a fundar a Academia Paraibana de Letras, adotou como personagem em um romance histórico regional e que faz parte das tradições sertanejas paraibanas.
Finalizaremos com um soneto de Américo Falcão, publicado em abril de 1940.
Cruzeiro antigo
Esta cruz monolítica e sublime,
Que hoje ainda vêjo como outróra via,
Lembra-me um quadro que pureza exprime
Da mocidade alegre e fulgidia...
Nela pousavam – linda romaria,
Sem manchas, sem pecados e sem crime,
As minhas ilusões, onde floria
O eterno amôr que os corações redime.
Testemunha de dôr e de pezares,
Via-se a velha cruz no desabrigo,
Constelada de risos e de olhares...
E hoje, como em calvario ermo e tristonho,
Crucificado no Cruzeiro antigo,
Dorme o Cristo invisível do meu sonho!