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Leonor Posada

por Maria do Sameiro Fangueiro

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Leonor Posada nasceu em Cantagalo, RJ, em 3 de fevereiro de 1893, e morreu em 1960.  Formou-se pela antiga Escola Normal do Rio de Janeiro. Fez uma longa carreira como professora e assumiu a direção de várias escolas.


Poeta, dramaturga e jornalista, ela começou sua atividade na imprensa em 1940, escrevendo crônicas e poemas. Lançou duas coletâneas de poemas, Plumas e espinhos, em 1926, e Serenidade, em 1954.


Sua produção literária foi, principalmente, destinada ao público infanto-juvenil.  Seus livros destinados às crianças foram: Canções infantisA vingança de PolichineloUma duas argolinhas e Quando o céu se enche de balões, entre 1950 e 1960. Outros obras, de cunho pedagógico,  foram Cartinha de Artur JoséO livro de Nilda e Leituras cívicas, entre 1940 e 1950. Em 1953, lançou o Guia de redação, e, em 1956, Os primeiros passos na redação. Homenagearam-na dando seu nome a uma escola pública no Rio de Janeiro. Sua obra foi tema de dissertação de mestrado.


Abaixo aparece em destaque o poema “Na cruzada”, publicado  na imprensa periódica, em 1906.




Na cruzada


Ao grande mestre Dr. Araujo Viana


Tem sobre a régia fronte um capacete d’ouro
E sobre o largo peito a rígida couraça.
Olhar cheio de luz, bello, entre applausos, passa,
Esvoaçando ao vento o seu cabello louro


Para servir a Deus esquece un gran thesouro:
A jovem mais gracil de poderosa raça.
Não lhe retém o amor, e os olhos não lhe embaça
Sinão a immensa fé, que o anima sem desdouro


No campo do inimigo, eil-o que empunha a lança
E, invocando o Senhor, o mais valente avança
E a victoria conquista ousado e sem temor…


Outro desejo, agora aclara-lhe a puppila:
O ter nos braços seus a encantadora Adylla.
E a victoria alcançar na cruzada do amor…


Em: Renascença, ano 3, n. 29, jul. 1906.



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