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Luiz Guimarães Junior

por Maria do Sameiro Fangueiro

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Luiz Caetano Pereira Guimarães Junior nasceu no Rio de Janeiro, em 17 de fevereiro de 1845, e morreu em Lisboa, em 20 de maio de 1898. Era filho de Luiz Caetano Pereira Guimarães, português, e de Albina de Moura, brasileira. Seus primeiros estudos foram no Rio de Janeiro, depois em São Paulo e, finalmente, foi para Recife onde fez o curso de Direito, entre 1864 e 1869. Ao longo da vida seria poeta, diplomata, romancista e teatrólogo.


Aos 16 anos escreveu seu primeiro romance intitulado Lírio branco,  em homenagem a Machado de Assis, que o incentivou a continuar na “carreira de letras”.


Através do poeta e amigo Pedro Luís, conseguiu um lugar na diplomacia como secretário de Legação em Londres. Trabalhou em Santiago do Chile, Roma e Lisboa, onde veio a falecer. Em Lisboa, como secretário de Legação, teve a oportunidade de conhecer escritores ilustres como Ramalho Ortigão, Eça de Queirós, Guerra Junqueiro e Fialho de Almeida.


Foi Ramalho Ortigão que o definiu dizendo: “Como poeta, ele é um primeiro adido à legação da elegância… O seu estilo tem um lavor de renda, uma suavidade de veludo e um fresco perfume de toilette”.


Além de Lírio branco (1826), sua obra é composta do romance   A família agulha (1870)e das coletâneas de poemas Corimbos (1866), Noturnos (1872), Sonetos e rimas (1880), Contos sem pretensão (1872) e da peça teatral Uma cena contemporânea (1862).




Supplicas maternas


A milionaria exclama anciosamente :
– Meu Deos! Fazei d’este menino airoso
O ser mais rico, explendido e formoso
Que haja creado vossa mão potente,


A miseravel diz timidamente :
– Oh meu senhor! O filho desditoso
De minha entranha dolorosa e ardente
Fazei humilde, pobre e generoso.
(Roma)


Em: Tiradentes: orgam republicano, anno 1, n.7 (jun. 1881)



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