Periódicos & Literatura
< Voltar para DossiêsA Aurora: periodico litterario e noticioso
por Maria Ione Caser da Costa
A Aurora: periodico litterario e noticioso foi lançado no dia 2 de junho de 1902 em Florianópolis, capital catarinense. Foi impresso nas oficinas do Lyceu de Artes e Officios.
O número avulso de A Aurora foi vendido por 100 réis e para os números atrasados o valor cobrado foi 200 réis. A assinatura trimestral valia 1000rs na capital e 1300rs fora dela. Uma nota no expediente informava que “serão consideradas assignantes as pessoas que não devolverem o presente exemplar no praso de 3 dias”.
Logo abaixo do título aparece a seguinte informação: “redactores diversos”. E no expediente, o pedido para os interessados em colaborar com artigos, deveriam dirigir-se ao número 11 da rua Almirante Alvim, ou procurar o senhor Paulo Demoro no nº 10 da rua Trajano.
O texto inaugural não está assinado. Nele os editores não mencionam um programa nem a que público o periódico se destina. Falam das dificuldades que foram encontrando durante o percurso da edição do primeiro fascículo. Vamos ao editorial...
A Aurora publicou crônicas e contos, dentre eles, um assinado por Coelho Netto, “A mais feliz das três”. Publicou também piadas, charadas, e notas referentes às datas comemorativas, viagens, casamentos ou falecimentos. Uma seção intitulada “Sobre a mesa” informava a relação dos títulos de periódicos que chegavam à redação para conhecimento e divulgação. Era a rede de troca de informações da época.
Os originais desse título não pertencem ao acervo da Biblioteca Nacional. Todos os exemplares possuem o carimbo da Biblioteca Pública de Santa Catarina. A microfilmagem e digitalização foram efetuadas a partir de convênio praticado entre as instituições. A seguir um poema assinado por A. Cidade com o título de “Amizade.
Amizade
Que linda flor plantastes,
De minh’alma no jardim!...
Mais puro olor que o jasmim
Tens esta flor linda e mimosa
De minh’alma no jardim.
E Domicia ja era tempo!...
E tanto amor se gelou,
Quem perdeu já sabe
Mas foi Domicia que ganhou
O luxo, enfeites custozos
E que mais pobre ficou...
O número avulso de A Aurora foi vendido por 100 réis e para os números atrasados o valor cobrado foi 200 réis. A assinatura trimestral valia 1000rs na capital e 1300rs fora dela. Uma nota no expediente informava que “serão consideradas assignantes as pessoas que não devolverem o presente exemplar no praso de 3 dias”.
Logo abaixo do título aparece a seguinte informação: “redactores diversos”. E no expediente, o pedido para os interessados em colaborar com artigos, deveriam dirigir-se ao número 11 da rua Almirante Alvim, ou procurar o senhor Paulo Demoro no nº 10 da rua Trajano.
O texto inaugural não está assinado. Nele os editores não mencionam um programa nem a que público o periódico se destina. Falam das dificuldades que foram encontrando durante o percurso da edição do primeiro fascículo. Vamos ao editorial...
Nos mínimos actos da vida humana em que se encontram difficuldades, mesmo infimas, é necessária uma certa dose de força de vontade para leval-os a termo.
Pela primeira vez, sem a experiência que dá uma longa vida de escriptor, ousamos encaminhar nossos passos ainda vacillantes na carreira ingrata do jornalismo. [...]
A sahida do 1º numero desta folha é uma prova sufficiente do que deixamos atraz; para leval-a a effeito tivemos de luctar com difficuldades inauditas que a qualquer outro teriam parecido invencíveis. [...]
A parte mais ardua de nosso trabalho está terminada; agora só resta que o illustrado publico a quem se destina esta folha corresponda aos nossos esforços, e poderemos continuar na róta que nós traçámos, cumprindo assim a nossa palavra, e demonstrando á sociedade quão verdadeiro é o dictado que diz:
Poder é querer!
A Aurora publicou crônicas e contos, dentre eles, um assinado por Coelho Netto, “A mais feliz das três”. Publicou também piadas, charadas, e notas referentes às datas comemorativas, viagens, casamentos ou falecimentos. Uma seção intitulada “Sobre a mesa” informava a relação dos títulos de periódicos que chegavam à redação para conhecimento e divulgação. Era a rede de troca de informações da época.
Os originais desse título não pertencem ao acervo da Biblioteca Nacional. Todos os exemplares possuem o carimbo da Biblioteca Pública de Santa Catarina. A microfilmagem e digitalização foram efetuadas a partir de convênio praticado entre as instituições. A seguir um poema assinado por A. Cidade com o título de “Amizade.
Amizade
Que linda flor plantastes,
De minh’alma no jardim!...
Mais puro olor que o jasmim
Tens esta flor linda e mimosa
De minh’alma no jardim.
E Domicia ja era tempo!...
E tanto amor se gelou,
Quem perdeu já sabe
Mas foi Domicia que ganhou
O luxo, enfeites custozos
E que mais pobre ficou...