Periódicos & Literatura
< Voltar para DossiêsA Juventude: periodico scientifico e litterario
por Maria Ione Caser da Costa
A Juventude: periodico scientifico e litterario foi impresso pela Typographia Industria Nacional de Cotrim & Campos, no Rio de Janeiro e lançado no dia 9 de junho de 1867. Seus redatores e responsáveis foram os jovens senhores Francisco Antonio de Carvalho Ribeiro e Luiz Baptista da Cunha Freitas.
Periódico quinzenal, publicava duas vezes por mês, em dias indeterminadas. Os redatores solicitavam que aqueles que desejassem ser colaboradores, enviassem seus textos para a redação.
As assinaturas de A Juventude valiam 1$000 para as mensais e 3$000 para as trimestrais. O pagamento deveria ser feito antecipadamente.
A Biblioteca Nacional não possui a coleção desse periódico. Preservado no acervo está apenas o primeiro exemplar. Não foram encontrados comprovantes da existência de outros fascículos.
No editorial de apresentação, pode-se notar que os editores são jovens iniciando na seara jornalística, primando pela boa literatura. Lia-se no editorial:
A Juventude teve uma boa mancha gráfica. Foi diagramado em três colunas divididas por um fio simples, sem ilustrações.
Seu conteúdo contou com uma seção denominada “Parte Litteraria”, com textos assinados por O. N. Ferreira, José Paulo e Cunha Freitas, e uma parte de poesias, assinadas por J. Pereira de Almeida, P. T. de Carvalho, José Monteiro d’Aguiar e também por Cunha Freitas. Dos poemas publicados nesse exemplar escolhemos o de P. T. de Carvalho
O. D. C.
AO MEO JOVEM AMIGO MANOEL DE AVILEZ CARVALHO, POR OCCASIÃO DE SEOS ANNOS
Neste dia de enthusiasmo e de prazer
Eu te saudo, ó amigo dedicado,
Desejo que inda vivas longos annos
E tambem teu trabalho ver corôado.
Não deves te iludir com os encantos
Que sempre falsos nos offerece o mundo,
Trilha a senda do bem e da verdade,
Terei nisso um prazer assaz jocundo.
Aos bons conselhos dos carinhosos pais
Não hesites em segui-los com ardor,
Attendendo, que assim o praticares
Mais terno inda será seu nobre amor.
E si das pompas fictícias da vida
Algum dia te julgares embuido,
Invoca o Creador com fé bem viva
Que dellas ficarás logo esquecido.
São estes, pois, ó meu caro amigo
Os humildes pareceres qu’ouso te dar,
Como desejo, espero que os sigas
Para virtudes, honra e gloria alcançar.
Periódico quinzenal, publicava duas vezes por mês, em dias indeterminadas. Os redatores solicitavam que aqueles que desejassem ser colaboradores, enviassem seus textos para a redação.
As assinaturas de A Juventude valiam 1$000 para as mensais e 3$000 para as trimestrais. O pagamento deveria ser feito antecipadamente.
A Biblioteca Nacional não possui a coleção desse periódico. Preservado no acervo está apenas o primeiro exemplar. Não foram encontrados comprovantes da existência de outros fascículos.
No editorial de apresentação, pode-se notar que os editores são jovens iniciando na seara jornalística, primando pela boa literatura. Lia-se no editorial:
A Sciencia em todas as épocas tem distinguido os homens de todo o ser creado; a litteratura tem ennobrecido os seculos; a sciencia e a litteratura finalmente são os brilhantes famosos que se engastão na corôa do progresso e da civilisação.
Não são as façanhas famosas, alcançadas no campo da batalha que immortalizão o homem. Corramos os olhos sobre a historia antiga, lembremo-nos das batalhas famosas do Grande Alexandre, conquistador da Asia, que todas ellas morrerão com elle e se a historia as lembra é para se admirar conjunctamente com a sua gloria as fraquezas humanas. [...]
A sciencia não tem pátria ella habita em toda a parte, onde a cultivão. Essa é a sua patria.
Assim apenas vendo decorrer algumas primaveras sobre nossas frontes de mancebos lançamos ao mundo litterario as nossas primeiras producções, se formos infelizes, ainda nos caberá a gloria de remontar-nos ao Panteon das letras e de novo voltar com mais denodo e forças a arena do Jornalismo.
A Juventude teve uma boa mancha gráfica. Foi diagramado em três colunas divididas por um fio simples, sem ilustrações.
Seu conteúdo contou com uma seção denominada “Parte Litteraria”, com textos assinados por O. N. Ferreira, José Paulo e Cunha Freitas, e uma parte de poesias, assinadas por J. Pereira de Almeida, P. T. de Carvalho, José Monteiro d’Aguiar e também por Cunha Freitas. Dos poemas publicados nesse exemplar escolhemos o de P. T. de Carvalho
O. D. C.
AO MEO JOVEM AMIGO MANOEL DE AVILEZ CARVALHO, POR OCCASIÃO DE SEOS ANNOS
Neste dia de enthusiasmo e de prazer
Eu te saudo, ó amigo dedicado,
Desejo que inda vivas longos annos
E tambem teu trabalho ver corôado.
Não deves te iludir com os encantos
Que sempre falsos nos offerece o mundo,
Trilha a senda do bem e da verdade,
Terei nisso um prazer assaz jocundo.
Aos bons conselhos dos carinhosos pais
Não hesites em segui-los com ardor,
Attendendo, que assim o praticares
Mais terno inda será seu nobre amor.
E si das pompas fictícias da vida
Algum dia te julgares embuido,
Invoca o Creador com fé bem viva
Que dellas ficarás logo esquecido.
São estes, pois, ó meu caro amigo
Os humildes pareceres qu’ouso te dar,
Como desejo, espero que os sigas
Para virtudes, honra e gloria alcançar.