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A Avenida: semanário illustrado

por Maria Ione Caser da Costa

Em 6 de junho de 1912, surge A Avenida. Seu escritório e redação estavam localizados num prédio da avenida Rio Branco (ex-avenida Central, número 15,. Tinha periodicidade semanal, circulando sempre aos sábados, ao preço de 200 réis. Como pode ser lido em seu editorial, a revista chega “dando os seus primeiros passos. Será um periódico modesto, dedicado ao hospitaleiro povo carioca”.


N’A Avenida que se publicavam os acontecimentos de destaque da época, na sociedade carioca, no teatro, na literatura e na política. Todas as páginas de A Avenida são fartamente ilustradas: fotos de diversos aspectos da avenida Rio Branco, e dos colaboradores da revista, charges e desenhos ilustrativos.


São publicados poemas autores conhecidos como Agrippino Grieco (1888-1973), Gonçalves Crespo (1846-1883), Carlos Maul (1887-1974), Octavio Rocha. Contos de Carlos Maul, Catulle Mendés (1841-1909), Guerra Junqueiro (1850-1923), Alexandre Theuriet e Alexandre Dumas (1802-1870). Aparecem também alguns contos e poemas assinados por colaboradores pouco conhecidos, como Dr. Ernesto Paixão, Francisco Gaspar, Chantecler e alguns anônimos. Traz propagandas de editoras e livrarias, assim como “preparados que se recommendam”, onde vemos indicadores de elixir para cabelos, dentes e reumatismo.


“Todas as manifestações artísticas e litterarias encontrarão o mais franco e decidido apoio nas nossas columnas, sem preconceitos de escolas, religiões ou raças.” Esta frase, espécie de profissão de fé, pode ser lida nos quatros números existentes nos armazéns da Biblioteca Nacional, repetindo o publicado em seu primeiro editorial. O exemplar de número quatro d’A Avenida circulou a 18 de agosto de 1912.


 

A Avenida. Ano 1, Número 1

A Avenida. Ano 1, Número 2

A Avenida. Ano 1, Número 3

A Avenida. Ano 1, Número 4

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