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Cidade verde

por Maria Ione Caser da Costa

Periódico editado pela primeira vez a 7 de setembro de 1935, em Cuiabá, Mato Grosso. Seus editores, autodenominados “jornalistas indígenas”, explicam em editorial o que será Cidade Verde: “um periódico cujo fim único e exclusivo é convencer, proclamar, gritar por todos os recantos onde se soletre ou se leia: tudo por Matto Grosso, nada contra o Brasil”. A frase torna-se a divísa da publicação, destacada em negrito logo abaixo do título. Logo a seguir temos grafado dentro de pequenos adornos as seguintes palavras: commercio, sciencia, arte, literatura, humorismo, actualidade que nos direcionam pelos caminhos que os editores pretendem trilhar.


Com periodicidade quinzenal, a revista teve sua redação e administração à rua Antonio Maria, número 44. Em destaque encontra-se o valor das assinaturas: 5$000 por 3 meses, 9$000 por 6 meses e 16$000 por 12 meses, e também o valor dos anúncios: uma página 50$000, meia página 40$000, 1/4 de página 20$000, 1/6 de página 12$000 e 1/8 de página 7$000. A informação que o anúncio publicado por mais de uma vez teria abatimento de 10% finaliza os informes financeiros.


O diretor de Cidade Verde foi L. Barbosa Garcia. Entre seus, colaboradores apareciam José de Mipibú, Antonio Evangelista, Graça Aranha, Campos Junior, L. Barbedo, Luiz Potyguar, Viriato Corrêa. Em suas páginas foram publicados poemas de Maria de Arruda Muller, Antonio Tolentino de Almeida (1876-1937), José de Mesquita, Rubens de Mendonça (1915-1983), Octavio Cunha e Barbosa Leão. A revista também divulgava conselhos, piadas, ditos populares, propagandas e fotografias de logradouros de Cuiabá.


A Biblioteca Nacional guarda três exemplares, os números 1, 2 e 4, o último publicado em novembro de 1935. Suas páginas estão muito amarelecidas e as folhas soltas.

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