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Antonio Arnaldo Nogueira Molarinho

por Maria do Sameiro Fangueiro
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Arnaldo Molarinho foi proprietário, e também colaborador do periódico Archivo litterario, publicado no ano de 1863. Contribuiu escrevendo contos e poemas. Analisava e criticava assuntos relacionados aos acontecimentos da época, utilizando os pseudônimos, A.M, e Carlos. Sob este último pseudônimo, atacou o jovem Machado de Assis, chamando-o de escritor improvisado e poeta pouco inspirado, lembra Ubiratan Machado, no livro Tres vezes Machado de Assis (2007).


No periódico, ele publica parte do romance Christiano e severidade de um pai e vários poemas.


Quase nada mais se sabe a respeito deste personagem. Nas pesquisas realizadas não foi possível identificar sequer as datas e locais de nascimento e morte.


A título de curiosidade, existiu nessa mesma época, um ourives português chamado José Arnaldo Nogueira Molarinho que nasceu em Guimarães, em 25 de setembro de 1828, e morreu em 15 de fevereiro de 1907 em Portugal. Este, um artista, gravador de medalhas, sendo algumas conhecidas em outros países. Não foi possível considerar a existência de algum grau de parentesco entre os dois, e nem noticia de que José Arnaldo tenha vivido no Brasil.



Acrósticos


Adelaide


A mo-te virgem, como é adorado


D eus pelos anjos, na mansão celeste


E u vi teu rosto aonde achei gravado


L indos encantos, qué do ceu houveste


A i! se uma Lyra, possuir podéra,


I gualáquella, em que cantou Homero


D ar-t’hia um canto, e dizer quizéra


E scuta virgem, por ti morrer quero.


Em: Archivo litterario, anno 1,n.2, ago.1863


 



Amelia


A melia eu vi-te pela vez primeira


M inha alma e vida então cativaste;


E m elmo dia surrindo faceira,


L indos teus olhos para mim deitaste,


I magem, anjo! Deixaste enlaçado,


A o meu nome, no peito gravado.


Em: Archivo litterario, anno 1,n.9, out.1863

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