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Romeu de Avelar

por Maria do Sameiro Fangueiro

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Romeu de Avelar, pseudônimo de Luis de Araújo Morais, nasceu em São Miguel dos Campos, AL, em 23 de março de 1893, e morreu em Leopoldina, MG, em 20 de dezembro de 1972, vítima de acidente automobilístico. Foi jornalista, historiador, teatrólogo e tradutor.


Filho de Metódio da Silva Morais e de Maria Andréia de Araújo Morais. Recebeu seus primeiros ensinamentos no Colégio Dias Cabral e no Liceu Alagoano. Estudou na Escola de Odontologia e na Faculdade Livre de Direito, no Rio de Janeiro. Mais tarde, em Minas Gerais, fez o curso de veterinária na Escola de Medicina-Veterinária. Casado com Lourdes Caldas de Avelar.


Sua bibliografia é extensa e composta por crônicas, peças teatrais, contos, traduções e obras de cunho histórico. Escreveu Calabar, romance que abriu a polêmica do resgate da imagem de Domingos Fernandes Calabar (1600-1635), considerado um dos  maiores traidores da história do Brasil. Outro romance também polêmico foi Os Devassos, editado no Rio de Janeiro em 1923, onde revela o lado obscuro da vida mundana carioca, motivo pelo qual foi apreendido pela polícia carioca em 1924.


Além dos livros já citados, Romeu de Avelar é autor de General Gois Monteiro: o  Comandante de um destino (1949) e, Crônicas de Ontem e de Hoje (1948), este lhe valeu o prêmio literário Othon Bezerra de Benezes, concedido pela Academia Alagoana de Letras.


Em 1914, em Maceió, a revista Frou-Frou era lançada, tendo como responsável pelo periódico o jornalista José Guedes Quintela (1896-  ?). No grupo de colaboradores estava Romeu de Avelar, ao lado de Aljamar Mascarenhas (1897-    ?) cujo pseudônimo era Berilo Prates, José Portugal Ramalho (1895-    ?) que usava Joseph Ramalho como pseudônimo e Amarílio dos Santos (1895-    ?). Publicada pela Tipografia Fernando Costa, a revista teve apenas um número, devido a dificuldades financeiras.


 Em Maceió, foi diretor dos jornais: A Imprensa e o Diário de Maceió e As Vespas.  Dirigiu também a Imprensa Oficial de seu estado natal. Foi também em Maceió em agosto de 1950, que surgiu a revista Caeté, com Romeu de Avelar aparecendo como membro do Conselho de Redação.


Além de Alagoas, ele trabalhou nos estados de Minas Gerais, Pernambuco e Rio de Janeiro. Na capital mineira dirigiu o Correio Mineiro, O Movimento, Proteu, Semana Ilustrada. Em Recife foi diretor do Brasil Literário e no Rio de Janeiro dirigiu Panfleto. Foi colaborador das publicações: Revista da Semana, Ilustração Brasileira, O Malho, Vamos Ler, Noite Ilustrada. Como tradutor, trabalhou na Casa EditoraVecchi, no Rio de Janeiro.


Ocupou a cadeira de número 32 da Academia Alagoana de Letras e a cadeira de número 14 do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas.

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